Dezenas de milhares de brasileiros se levantam em protestos por todo o país

Milhares de brasileiros se reuniram em diversas capitais do país nesta segunda-feira (17) em apoio ao Movimento Passe Livre (MPL). Apesar de unidos em decorrência dos problemas e das altas tarifas do transporte público, quem foi até os protestos pôde conferir uma série de queixas: críticas ao dinheiro investido nas Copas, ao sistema público de Saúde, de Educação, dentre uma série de reivindicações.

Aqui em Salvador, a manifestação ocorreu na região do Iguatemi e contou com pelo menos cinco mil participantes. A Transalvador chegou a afirmar que oito mil pessoas se reuniram para protestar, mas depois voltou para trás e afirmou que foram apenas 3 mil – número divulgado pela Polícia Militar.

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O grupo se reuniu na praça principal do Iguatemi e logo conseguiu parar o trânsito. Em uma manifestação totalmente pacífica, eles tomaram o controle de duas das principais avenidas da cidade: Antônio Carlos Magalhães e Tancredo Neves. Com uma grande faixa demonstrando “solidariedade contra o aumento” das tarifas em São Paulo, os milhares de manifestantes seguiram até o final da Tancredo Neves e depois retornaram até a região do Iguatemi, para a estação de transbordo, onde conseguiram entrar gratuitamente em ônibus para retornar para casa.

Não houve registro de pessoas feridas e nem de confrontos com a Polícia Militar, que acompanhou a passeata sem interferir na mobilização. Foram registrados pequenos casos de vandalismo por pessoas isoladas do movimento, que picharam as paredes de um viaduto e alguns ônibus com palavras de ordem.

Outra manifestação do grupo está marcada para ocorrer nesta quinta-feira (20). As pessoas irão se reunir às 14h no Campo Grande e, então, seguirão em passeata até a Arena Fonte Nova.

São Paulo
Ao contrário dos conflitos que chocaram o país na última quinta-feira (13), a manifestação na capital paulista foi bastante diferente. Reunindo cerca de 65 mil pessoa, eles saíram do Largo do Batata até a zona Sul da cidade em um protesto pacífico.

Representantes do MPL e do governo se reuniram hoje para acertar os detalhes do deslocamento dos manifestantes, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre qual caminho as pessoas iriam seguir. Apesar disso, a Polícia Militar foi proibida pelo governador Geraldo Alckmin de utilizar balas de borrachas contra os integrantes da passeata. Ele também elogiou a abertura do diálogo com os manifestantes.

De acordo com o Jornal Nacional, a PM permitiu aos manifestantes que ocupassem qualquer via da cidade, inclusive a avenida Paulista. Ficou acordado apenas que os manifestantes alertassem as autoridades com certa antecedência o percurso. Por causa dessa nova diretriz, não foram registradas ocorrências de violência durante todo o protesto.

Rio de Janeiro
A situação foi diferente no capital carioca. De acordo com especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cem mil pessoas realizaram uma passeata na avenida Rio Branco. Apesar da megamanifestação, todo o percurso foi realizado de maneira inteiramente pacífica.

Apesar disso, um pequeno grupo de pessoas acabou realizando atos de vandalismo. Segundo o Jornal Nacional, eles atiraram coqueteis molotov na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Eles também conseguiram virar e atear fogo a um veículo oficial.

De acordo com o presidente da assembleia, eles também sitiaram cerca de 80 policiais militares que estão dentro do prédio. Durante o protesto, pelo menos uma pessoa ficou ferida.

Brasília
Milhares de manifestantes ocuparam a rampa do Congresso Nacional e uma das cúpulas do prédio na noite desta segunda-feira (17). Apesar da invasão desrespeitar os limites impostos pelo próprio movimento, todo o processo foi feito de modo pacífico. A própria presidente Dilma Rousseff declarou que considera as manifestações legítimas e e “próprias da democracia”.

Questionada sobre as vaias sofridas neste sábado (15) na abertura da Copa das Confederações, a a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República simplesmente respondeu: “Isso não tem relevância”.

Fonte: Correio 24 Horas

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2 Comentários

  • Andressa disse:

    Um povo que não protesta, que não reclama, que não se manifesta contra forças que lhe prejudica, viverá na condição de “pobre coitado”, merecidamente. Protestar não é violência, Violento é esse sistema doente

  • Denilson disse:

    parabéns a vocês da Bahia, no Brasil inteiro teremos de mostrar nossa cara, sou de BH e contamos com os baianos.

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