Opinião – E eu com isso?

Por Décio Pereira

Beto Guedes cantou para um inicio de setembro:

“Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos…
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento.
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar.
…a lição sabemos de cor, só nos resta aprender…”

Houve um setembro em que fiz uma critica aqui no site sobre a administração da educação em Condeúba, que havia retirado do calendário escolar o desfile de sete de setembro e pasmem os senhores, fui até ameaçado de morte, falo sério. Aquele pensamento de que se quiser criar inimigos não precisa brigar, basta começar a dizer o que pensa, posso lhes assegurar, é real. Mas, também é real de que quando você começar a dizer o que pensa, suas amizades vão ficando mais seletas, melhores, confiáveis. Quem é amigo de verdade, mesmo você pensando diferente vai continuar amigo; já os falsos amigos, aproveitadores de plantão, aproveitam a oportunidade para lhe demonizar e picarem a mula. Ainda vão tarde. Continuarei pensando assim:

“Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo.” (Voltaire)

Dito isso, quero registrar o meu direito de dizer, registrando mais uma vez a minha indignação por não termos em mais um ano na nossa cidade, o tradicional desfile do sete de setembro.

Vivo numa capital que a cada novo ano o desfile em homenagem a Independência do Brasil cresce mais, aparecem novas vertentes, ultimamente virou também palco das manifestações populares e, junto com os desfiles das forças armadas, policia militar, bombeiros, colégios municipais e estaduais que enfeitam o cortejo cantando além das canções cívicas, musicas populares, imortais do cancioneiro popular,  o povo, com total liberdade aproveita para soltar o seu grito, seja grito dos excluídos ou dos incluídos. São as virtudes e vertentes do sete de setembro. A festa da Independência do Brasil, independência essa que conseguimos a cada novo dia, como muita luta e sofrimento.

Enquanto isso em Condeúba, continuamos matando esse dia tão importante para o povo brasileiro. Houve sete de setembro que não teve nada, noutro houve gincana, soube que agora vai haver apresentações em frente ao prédio da antiga prefeitura… meu medo é que amanhã tenha micareta, forró, pagode ou algo do gênero, com pessoas vestidas de verde e amarelo e creditem isso à evolução dos tempos e da nova educação. É o apagão do civismo.

Onde foi parar meu sete de setembro?

Aquele em que passávamos meses ensaiando para que a banda não desafinasse, naquele ritmo já conhecido “toma limonada pra cagar de madrugada…” – os ensaios era uma festa, todos perfilados do maior para o menor em três filas paralelas, pros baixinhos era um sofrimento, um centímetro a mais valia ouro. No dia sete desfilávamos pelas ruas da cidade, todos fardados, camisas brancas e calças azuis marinho, com sapatos vulcabrás lustrados e meias pretas. Marchávamos no mesmo passo até o Paço Municipal, parada obrigatória para discursos e homenagens – era uma disputa ferrenha para conseguir tocar nas bandas comandadas pelo Capitão César, Delson, Joel…, para desfilar vestido de Dom Pedro I e de outras figuras importantes era quase como ganhar na loto, o mais fácil era desfilar vestido de índio, quer dizer, quase sem roupa, só com aquelas penas. Nem dormíamos aguardando as 5h da manhã para alvorada, ali começa nossa festa e que festa, era nosso sete de setembro. Nos primeiros anos a gente nem sabia o que estávamos comemorando, mas com o passar dos anos íamos percebendo a importância de cada detalhe, como aprender a cantar o Hino Nacional, quase sempre ensinado pela magnífica Profa. Terezinha. Era um nobre ato de civismo que aprendíamos a exercer desde a mais tenra idade.

O eu com isso!

Não sou professor, não sou aluno, não sou autoridade, não sou governo, não trabalho na educação, nem se quer moro em Condeúba, nem vou estar lá no sete de setembro deste ano, por que estou reclamando?

A resposta é: EU TENHO TUDO COM ISSO E VOCÊ TAMBÉM.

Sou um simples cidadão brasileiro, mas sou. Mesmo correndo o risco de continuar sendo ameaçado, de perder supostos amigos, enquanto tiver vida e os meus dedos e mente ainda conseguirem produzir algum manifesto, “ninguém cala a minha voz”, vou continuar gritando aos quatro cantos: TÁ ERRADO! DEVOLVAM MEU DESFILE DE SETE DE SETEMBRO! SOU BRASILEIRO! SOU LIVRE!

Vai adiantar alguma coisa? Claro que não ou talvez não. Tenho consciência de que não posso mudar muita coisa, de que não tenho esse poder, mas posso agir no meu pequeno raio de ação e, se eu conseguir que uma única pessoa pense como eu, já terei o meu objetivo atingido.

“…a lição sabemos de cor, só nos resta aprender…”

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47 Comentários

  • Andreia alves disse:

    Concordo com vc….. e parabéns pela mateira…..
    Em Condeúba neste dia as vezes nem parece sete de setembro..
    Lembro bem, antigamente acordávamos cedo,pra desfilar ou mesmo pra ver o desfile.
    e uma pena acabar! abraço.

  • Negão de VAzim disse:

    Caro amigo Décio,
    Fico muito feliz que tenha alguém que pense como eu. Sempre fui apaixonado pelo sete de setembro. Me lembro das vezes que desfilei vestido de Dom Pedro l, das vezes que toquei na banda e da alegria e entusiasmo que era o nosso 07 de setembro.

  • Negao de Vazim disse:

    Caro amigo Décio,
    Tenho um motivo especial para amar o sete de setembro, porém, nesse dia o que me faz mais falta são os desfiles, a banda, a alegria e a ansiedade em chegar logo esse dia.
    Completo mais um ano de vida a cada sete de setembro e me recordo que nesse dia ninguém se lembrava do meu aniversário, pois tinha muita coisa boa para comemorar, más nunca fiquei enciumado.
    Mesmo que meus amigos voltem a se esquecerem de mim no meu aniversário.rsrssrsrs Que devolvam nosso sete de setembro.
    Grande abraço amigo!

  • Mara disse:

    Décio, tenhas absoluta certeza que penso como você. Quantos de nós esperávamos por aquele dia do desfile! eu fui até princesa em um deles, risos.Tempo bom!!!
    Por que acabar com esta tradição? será que existe alguém que possa nos responder?????

  • José Carlos disse:

    Que seria hoje o redentor que contradissessem essa nova ordem? E que nos fizessem ter motivos para comemorar com civismo saudosista, com foi proposto por nosso querido Companheiro Décio, as mazelas de uma excepcional econômica em potencial, mas que tem: a saúde decadente, a segurança arcaica, a educação… e ainda constrói SPAR, para que criminosos acusado em MENSALÃO pague suas penas… e permita que ONGS estrangeiras manipule uma mega produção de Nióbio do Brasil, um dos metais mais importantes para o desenvolvimento de toda a tecnologia mundial, sem que os brasileiro tenha nenhum conhecimento.

  • Marquinhos disse:

    Deis vc já conseguiu seu intento, concordo com tudo e me junto a Negão de Vazin e a vc, tb quero meu 7 se setembro de volta. Sou brasileiro não desisto nunca. Deis valeu matéria legal, bacana saber q ainda temos pessoas q pensam como a gente.

  • Marcia disse:

    Onde foi parar nossa educação? No mesmo lugar do 7 de setembro e o q mais dói, a educação e o 7 de setembro continuam onde recolocaram. E eu acreditei q seria diferente.
    Parabéns pelo texto Décio, parece q alguém ainda tem algum juizo, é minha esperança.

  • Sonia disse:

    Tb faço coro com quem tem saudade dos desfiles, sou professora e dava trabalho arrumar o desfile. no final compensava. boa fala décio

  • Renata disse:

    Concordo plenamente com vc..aquela época não dar para esquecer.Hoje nem parece sete de Setembro.Acabou e cada ano q se passa piora, não sei qual será o destino de nossa cidade.Só Deus para ter misericórdia.Abraços

  • Oclides da Silveira disse:

    Parabenizo o amigo Décio pelas suas colocações centradas e precisas, criticas deste nível é o que falta dentro de uma administração pública que se prese ou que ao menos pretenda ter mais acertos do que erros, mesmo por que ninguém sabe tudo sozinho. Por isso, na minha visão cultural entendo que é sempre bem vindo esse tipo de critica, que é altamente construtiva. Se não tiver quem chamar atenção dos nossos administradores com decência como Décio fez , vamos acabar com tudo. Perguntamos, onde ficou as comemorações do 2 de julho, o descobrimento do Brasil, Tiradentes, o dia da Bandeira Nacional e a Proclamação da República? Pois é, nunca mais acabou-se tudo. Se nós continuarmos calados, vamos perder outras poucas datas que ainda comemoramos.

  • Gimaldo disse:

    Lembro que ficávamos semanas ensaiando para que o desfile fosse um sucesso.Quando era cantado o Hino Nacional em frente a antiga prefeitura, a emoção tomava conta de todos os presentes. Saudades do meu 7 de setembro!

  • Marittza Ribeiro disse:

    Linda matéria, pois mostra o saudosismo daquilo que era bonito no Sete de Setembro: a festa, a cultura, a alegria, o povo unido, a educação e o patriotismo! Isso sim eu apóio! Mas não esqueceremos do Sete de Setembro onde os filhos de ricos condeubenses eram os reis e os filhos de pobres eram escravos ou índios, onde se “comemorava” uma liberdade que talvez nunca tenha existido de verdade neste Brasilzão de meu deus! O Sete de Setembro enquanto manifestação cultural SIM EU APOIO, mas que seja diversificado, que tenha inclusão, que seja crítico, criativo e para o crescimento intelectual, pois é triste ver alunos enfileirados marchando para ganhar um ponto na matéria que menos gosta…

  • MACIEL MIRANDA disse:

    FICO MUITO FELIZ QUE TENHA PESSOAS QUE PENSE COMO EU.BONS TEMPOS AQUELES DE ENSAIO EM FRENTE O TRANQUILINO…PARABENS PELO TEXTO.

  • neuza disse:

    concordo com vc Dercio que pena que tudo acabou asim quando asisto os desfile de outras cidade fico recordando como era bonito o 7 de setembro daqui cada uma escola desfilava melhor do que a outra.

  • Maria Amaral disse:

    Décio, lendo tudo isso voltei ao passado. Lembro que tocar na banda era um sonho. Esse dia era especial quase todo mundo usava uma farda nova. Vi uma hstória contada que eu participei, sinto sdd! Tbm quero o meu 7 de Setembro!

  • helio carlos disse:

    às vezes pensamos que relembrar o passado é arcaico, mas penso que é com o passado que aprendemos muito. Concordo plenamente com vc camarada Décio. Tudo aquilo que era bom precisa ser seguido sempre. Precisamos valorizar a nossa cultura. Já desfilei também no 07 de setembro e era um orgulho enorme treinar para não fazer feio no desfile. Desabafo juntamente contigo: QUEREMOS NOSSO 07 DE SETEMBRO DE VOLTA. Parabéns, mostra que é um cidadão brasileiro e que tem prazer em sê-lo

  • ANA CÂNDIDA disse:

    PARABÉNS DÉCIO PELA MATÉRIA, MAS TENHO QUE CONCORDAR COM MEUS COLEGAS JOSÉ CARLOS E MARITTIZA.ISSO MESMO PESSOAL PRECISAMOS PENSAR TAMBÉM QUE REPRESENTAÇÕES COMO O 7 DE SETEMBRO SEM A REAL VALORIZAÇÃO DO SER HUMANO NÃO REPRESENTA NADA SÓ FICA NOS GASTOS COM OS DESFILES.O RESPEITO AO POVO PRECISA SER COLOCADO EM PRIMEIRO LUGAR.
    UM ABRAÇO E PARABÉNS MAIS UMA VEZ DÉCIO.

  • Regina disse:

    gente o cara tá falando de uma coisa e vcs veem com outra. quer dizer q o problema é o desfile. o desfile humilha, maltrata as pessoas, é homofobico, trifobico, – gente do céu q é isso. o desfile é a oportunidade q estamos perdendo de soltar nosso grito. de discutir nosso problemas. somos sim um brasilzão livre, tá achando ruim? vá pra siria com passagem só de ida. não podemos nos acomodar, mais só ver coisa ruim em tudo tb é f… temos q comemorar e lembrar e inautecer quem nos fez livre e como o texto diz: “conquistar nossa liberdade todos os dias.”
    Gente, era tão bom desfilar. #saudadesficaadica#

  • Andressa Ribeiro disse:

    Fiquei emocionada com o texto e saudosista, participei poucas vezes do desfile, de bailarina, tenista, de farda, e sonhava um dia poder tocar na banda. (achava um máximo meus irmãos que tocavam). Uma pena que hoje de regresso a cidade não vou assistir ao desfile de 7 de Setembro.

  • Conceição disse:

    É meu amigo, você agora pegou pesado, fez muita gente pensar e revirar o passado. Quem já acordou as 4 da madruga do 7 de setembro para não levar 10 faltas em Ed. Física, quem já saiu as 4;30, logo após a chamada feita pelo Capitão César, pelas ruas numa grande alvorada, quem já desfilou de princesa, índio, escravo, príncipe, duque, mucama ou seja o que for, quem já desfilou levando uma bandeira que desfraldava ao vento, imponente, que era um grande orgulho, três a três…, quem já desfilou mesmo de farda, como eu na maioria das vezes, sucumbindo o sonho de vestir de Maria Quitéria, pois é, revelei minha grande frustração, nunca consegui vesti de soldada. Mas mesmo quem ia, como falávamos, na rabeira, também carregava no peito um grande orgulho. Quem já desfilou descendo a ladeira da gruta, olhando sempre pra nuca do colega da frente, mãos espalmadas,ao som do “Hino da Marinha do Brasil” (Cisne Branco), jamais conseguirá não sentir vontade de ver novamente um 7 de setembro daqueles. Quanto a liberdade, conquistas, opressões, outras coisas mais que foram citadas, são batalhas a serem vencidas dia após dia. Eu vejo o 7 de setembro de 1822 com o dia do início da liberdade do povo brasileiro, liberdade essa que tem que ser perseguida continuamente com nossas atitudes e diga-se de passagem que é um dia que merece nossa comemoração, é um ato cívico que consegue liberar muita adrenalina no verdadeiro cidadão ou cidadã brasileira. Parabéns Décio pela sua matéria, você continua sendo uma pessoa excepcional.

  • Joandina Maria de Carvalho disse:

    A democracia nos permite dizer o que pensamos, embora às vezes isso cause certo mal estar. Ficamos mais felizes quando as pessoas concordam conosco. Segundo o sociólogo Maurice Halbwachs, “a memória coletiva retrocede no passado até certo limite, mais ou menos longínquo, conforme pertença a esse ou aquele grupo”. O saudosismo é natural principalmente para aqueles que participavam dos pelotões que encantavam e para aqueles que achavam os desfiles algo grandioso e importante. Para mim, por exemplo, que estudava em Mortugaba e estava nos últimos pelotões sem me sentir valorizada, aquilo não tinha importância ou me deixada deprimida. Lembro do empenho de alguns professores para convencerem aos alunos rebeldes de que o desfile lhe daria 1 pontinho para que fossem aprovados no final do ano. Os militares incentivam os grandes desfiles. Era uma formar de fazer o povo acreditar que esse é um país que vai para frente. Infelizmente, nós que defendemos a democracia estamos com dificuldades para dizer para as pessoas que o investimento em Cultura é mais importante que o investimento em desfiles. O 7 de setembro pode ser rememorado de várias maneiras.

  • LUCIANA disse:

    VALEU DEZ,RELEMBRAR É VIVER !!
    E NÃO NOS IMPORTEMOS COM A HISTÓRIA DO BRASIL EM RELAÇÃO AOS ACONTECIMENTOS (REAIS OU UTÓPICOS)E SIM EM TRANSMITIR AOS NOSSOS FILHOS O VALOR DO AMOR À PÁTRIA QUE NADA TEM A VER COM A SITUAÇÃO EM QUE ANDA A POLITICA BRASILEIRA ,SABEMOS QUE FUTURAMENTE ,MUITOS DESCOBRIRÃO POR SI SÓ QUE NOSSOS HÉROIS DO PASSADO FORAM NADA MAIS NADA MENOS DO QUE CÓPIA DOS ATUAIS ,DOS QUE DIZEM LUTAR POR UM BRASIL MAIS JUSTO.
    SOU EDUCADORA E ACIMA DE TUDO AMO O MEU BRASIL DE CORAÇÃO TENHO RESPEITO PELA MINHA NAÇÃO E TENTO TRASMITIR AOS PEQUENINOS NÃO UMA IDOLATRIA POR HÉROIS ,MAS UM AMOR VERDADEIRO E UM RESPEITO OBRIGATÓRIO PELA NOSSA NAÇÃO ,POIS FUTURAMENTE ELES SERÃO OS RESPONSÁVEIS POR CONDUZIR E SE NÃO AMAM COMO FAZER ALGO POR AQUILO DE QUE NÃO GOSTAM ??

  • Hélia Pereira disse:

    Décio ; parabéns a vc colocou o sentimento de muitos nesse texto, inclusive os meus. Realmente ,tudo isso se apagou eu so queria saber o por quê?

  • Maria disse:

    O aluno já estuda a Historia do Brasil. Representar em desfile os vultos brasileiros? Não vejo tanta importância nisso, simplesmente uma representação.

  • Maria disse:

    Concordo plenamente o que descreveu Marittza Ribeiro.

  • Maria disse:

    Marittza Ribeiro, acho que você se lembra também que os alunos filhos de pobres só desfilavam de índios.

  • Marizene disse:

    Excelente a matéria!
    que saudade!
    Falou tudo Décio! Parabéns!
    Eu tentando enganar a professora pra conseguir pelo menos uma posição a frente da fila;
    Que orgulho tínhamos em caprichar no uniforme para este dia tão especial;
    Mandar os sapatos pra Bá dá aquela caprichada,as vezes ate costurar porque a coisa tava feia mesmo.
    A alvorada então…
    Eu, como Andressa, e acho que quase todos, sonhávamos em tocar na Banda;
    Mas já fui baliza rs rs rs;

  • Ramon Sousa disse:

    Que saudade do tempo em que Condeúba tinha uma fanfarra, a “infelizmente saudosa”, Famucon. Infelizmente sim, pois, parece que acabou mesmo. Ainda continuo acreditando que coisas boas estão por vir, só espero que não demore muito. Já tá na hora. #euaindaacredito

  • Renato S Sousa disse:

    Decio – vc conseguiu me emocionar com boas lembranças de outrora, parabéns pelo seu jeito democratico de escrever. Acho q na democracia e na ditadura, tem coisas boas e ruins, cabe a cada um as escolhas e depois a luta pelo q acredita.
    Decio – me ajude a entender uma coisa, não são A Profa Daniele(Maritizza) e a Sra. Joandina historiadoras academicas? Q vergonha ter essas senhoras como historiadoras se é q sao mesmo(se não me perdoem). É democracia eu sei, cada um´dá sua opinião. Só para profes. dizerem q o desfile não é importante, ficar falando de rico e de pobre em desfile. Historiadoras q não defendem nem a história do Brasil? e q aproveitam esta bela discussão para aflorar suas frustações, poxa vida q vergonha eu sinto em ter historiadoras assim no meu municpio. Gente q deveria lutar para mostrar a historia da noss nação com orgulho, porq sabem mais q a maioria. Q tipo de historiadores são essas? Meu Jesus. Tinha outra imagem dessas senhoras, agora vi quem são. Q decepção.
    Cau de lena fala aí sobre sobre o desfile, o secretario com a palavra. se fosse ano passado vc falaria. Alan de Ormélia, vc tb com a palavra, o q diz o sindicato?

  • Carmem disse:

    ainda bem q a maioria maior(Saramandaia) é a favor dos desfiles. ainda bem q a maioria maior foi feliz e curtiu belos desfiles. dercio compatilho sua indgnação e tb quero meu desfile de volta, do jeitinho q era antes. amo meu Brail sou apaixonada por essa terra q Deus abençoou, afinal Deus nasceu no Brasil.

  • J. C. Ormundo disse:

    Pois bem, saudosismo! É um termo fora de cogitação, porque eu vivi esse tempo bonito dos desfiles, mas não vejo pelo lado ruim, mas sim pela vontade que a maioria tinha em fazer bonito, pobre ou rico, e muitos ricos queriam representar os menos favorecidos e muitos pobres queriam representar a realeza, era sim um mundo do faz de conta, e como a senhora Joandina disse, ficar por último, não me incomodava com isso, cada ano eu estava em um lugar diferente, não era tão ruim assim, por que alguém tem que ficar por último, não dá para por todos um do lado do outro. Hoje não se tem aquele compromisso com a nossa cultura, é a pressa de fazer o básico, economizar dinheiro, qualquer coisa tá bom, e aí a cultura vai desaparecendo, aí sim fica apenas o saldosismo.

  • Vitor disse:

    QUANDO VEJO AUTORIDADES PROFESSORES DIRETORES HISTORIADORES TIRANDO A IMPORTANCIA OU DIMINUINDO DO 7 DE SETEMBRO, É O FIM DA EDUCAÇÃO. “LIBERDADE LIBERDADE ABRE AS ASAS SOBRE NÓS”

  • Zé de fernando disse:

    É verdade companheiro Décio,seu comentário foi realmente muito oportuno,como tambem oportuno foram os de vários outros amigos como Negão de vazim,josé carlos e outros ,porém,coloco em cheque comentários como os de cooordenadores pedagógicos,ex diretores de cultura do nosso município que nada mais estão fazendo ,que ” pegando o embalo” para cobrar agora, o que durante anos fizeram questão de não enchergar.Será que esses estão realmente preocupados com nossos momentos tradicionais e simbólicos?

  • Maritta Ribeiro disse:

    Caro Renato S Sousa,

    Seu comentário mostra claramente que os livros passam longe de sua casa. Mas que ótimo que minhas palavras lhe incomodou …

    Caro Décio,

    Adoro textos como este, que trazem discussões tão interessantes! Parabéns mais uma vez… o “discordar” de opiniões traz o aprendizado! Grande Abraço!!!!

  • Gilberto de Oliveira disse:

    Décio, acabei de ler o seu texto, brilhante como sempre, mas desta vez, permita-me discordar.
    Desfiles de 7 de Setembro são na verdade resquícios da ditadura, quando todos os estudantes, eram obrigados a marchar, achando ingenuamente que estavam participando de uma comemoração, mas na verdade ajudavam a propagar o regime militar. Até o ex-presidente FHC, em uma entrevista à revista “Piauí”, disse que “odiava as celebrações de Sete de Setembro. Aquilo era uma palhaçada”.
    Hoje, corretamente, os desfiles se restringem às forças armadas, bandas da Policia Militar, bombeiros, etc.
    Devemos, sim, comemorar a nossa independência, como os franceses comemoram o “14 de Julho”, dia da tomada da Bastilha, ou 4 de Julho dos americanos, por exemplo, mas
    não é justo arrancar alunos e professores da zona rural, pela madrugada, fazê-los marchar por horas, sob um sol já escaldante de Setembro e depois obrigar a todos a ficar prostrados em frente ao Paço Municipal, com um “Sorriso de Aeromoça” no rosto, ouvindo políticos, muitas vezes semi-analfabetos, enumerando obras que ninguém sabe onde estão.
    As comemorações do Sete de Setembro deste ano foram na medida certa, com apresentações curtas, relacionadas ao momento atual do País, sem os intermináveis discursos.
    Acho que a atual administração também percebeu isso e agiu de forma correta, poupando a todos de horas e horas enfadonhas.

  • Conceição Oliveira disse:

    Legal Décio. Também sinto saudades do Sete de Setembro exatamente como você descreveu. Acho realmente lamentável que as crianças de hoje não tenham a oportunidade de aprender a amar nossa Pátria e ter uma verdadeira lição de civismo por decisão, sabe-se lá de quem, de acabar com o desfile em Condeúba. Concordo com Marittza que havia discriminação, mas isso deve ser banido e assim o,desfile ganhará nova roupagem e, com certeza, agradará a todos.

  • Felipe disse:

    É Décio, preciso me render a sua capacidade de fazer as pessoas pensarem. Q bela polemica vc criou. Comentários interessantes de pessoas inteligentes, discutindo para o crescimento da nossa Condeúba. Não haverá outro 7 de setembro sem q não nos lembremos do seu “E EU COM ISSO”. Não dá pra dizer quem está certo, eu acho q todos estão, cada um com seu ponto de vista. Escreva mais textos como este, como disse Maritta. Parabéns a todos os comentaristas. Até quem discorda te acha brilhante, eu tb acho. Parabéns tb a adminstração(Antonio Carlos Sec. Edu) atual q é democratica e com certeza vai tirar proveita dessa discussão. O tempo das ameaças acabaram, fica tranquilo e escreva mais e mais.
    Abração, Felipe

  • Lisa Augusta disse:

    concordo plenamente com você, Gilberto de Oliveira….eu particularmente nunca gostei dos desfiles acho que ser realmente brasileiro passa longe de ser praticamente obrigado a desfilar é tudo muito lindo porém para mostrarmos o nosso amor pelo nosso país é votarmos conscientes elegendo gente honesta ou pelo menos menos corruptas para governa-lo ..e cuidar dos nossos patrimônios públicos, preservar as nossas cidades , tratar bem as pessoas viver em paz, é muito fácil desfilar 7 de Setembro e depois virar as costas pro país, devemos acordar pra mudar o Brasil e só assim mostrarmos o verdadeiro amor que sentimos por ele.

  • afonso disse:

    depois de muitos anos tive a oportunidade de estar em condeuba no 7 de setembro,mas pra minha tristeza nda do que vivi por muitos anos ai nesta data, acontecia mais. me lembro muito bem que passavamos o mes todo entoando o hino nacional antes de entrarmos pra sala de aula e hasteando a bandeira do brasil ,bahia e do colegio a qual estudavamos, No recreio, era a hora do ensaio do desfile, ao som da cobiçada fanfarra,sob liderança do capitao cesar e joel pros mais novos, a qual sempre tive vontade de pegar um bumba daqueles pra tocar ,mais nunca conseguir, rssss, rodavamos km no poeirao e ladeiras nos preparando para o tao esperado dia . Todos alunos eram convocados a iniciar o dia 7 na alvorada , so b pena de receber falta, rss e muitas vezes a chamada era feita, mas digo com certeza que a maioria ia por livre e espontanea vontade , pois era muito bom vc demonstrar todo patriotismo e amor pelo seu país. Eram muitos fogos ao som do hino da bandeira hino nacional e ali ficavamos concentrados ate em torno de 6 hs pra retornarmos e m casa pra irmos desfilar. Depois de um café reforçado com pao de seu anito ,ou seu tiazinho, e ovos pra aguentarmos o percusso, era hora de vestirmos nossa farda de tergal ( acho que era este o nome dado ao tecido que confeccionava nossas blusas a calça nao me lembro qual ERA ) que se encontrava xerosinhas lavadas e passadas na goma por nossas queridas maes,EM seguida todos caminhos eram em direçao ao tranquilino torres, onde iniciava o desfile, quem nao se lembra da ditribuiçao de fitinhas do brasil ,bandeirinhas, ditribuidas pelos professores?? que chegavam ao causar um certo alvoroço entre os alunos, sem falar nos grandes bandeiroes verde amarelo que era ditribuido tbem,alem de bandeiras do nosso estado e do nosso país, todos queriam!!!!, E A TEMIDA RABEIRA ????? na hora da formaçao das filas????!, rsss niguem queria ficar na mesma pois era motivo de gozaçao do colega,, rsss,mas sobrava pra muto baixinho,kkk . Me lembro muito bem, que meu pai enfeitava o carro dele todo de bandeirinha do brasil e fitinhas ,nao somente ele , mas completamente toda a cidade se contagiava , !!!! BÀ , SEU JANICO SEU ZEZIM ,SAPATEIROS DE NOSSA cidade ,tinham era serviço neste periodo,pois todos nós davamos aquela caprichada no kichute ou congas,no minimo uma engraxada no kichute ou uma costurada na conga era certa ,pra aguentar o repuxo, sapatos estes usados comumente por todos nesta epoca, , como nao lembrar de D pedro com um enorme bigode, descendo as ladeiras ao lado de princesa isabel??? como nao lembra das belissimas balizas com suas performances maravilhosas ,( acho que todo adolescente da epoca apaixonava por uma baliza, ou varias delas, rsss) como nao lembrar do encontro dos alunos que saiam do tranquilino no meio da ladeira da gruta, com os outros alunos que saiam do miguez garrido??? portanto pessoal, fiquei triste ao perceber que tudo isso acabou, nos resta agora apenas lamentarmos e curtirmos a nostalgia que toma conta de todos que viveram esta epoca, e tbem a esperança de quem sabe isso voltar acontecer em nossa cidade ! valeu decio pela materia !

  • Zé Roberto disse:

    Fonso, podem dizer o q quiserem. ditadura, ditamole, obrigação. concordo inteiramente com vc. era bom demais tudo aquilo. quem viveu jamais esquecerá. vai ter sempre quem vai achar defeitos. eu adorava toda a movimentação.

  • lUCIANA disse:

    O QUE VOCÊS NÃO ENTENDEM PESSOAL, É QUE ATUALMENTE, ESPECIFICAMENTE EM CONDEÚBA, DESFILAR É “PAGAR MICO” PARA OS ALUNOS. COMO FAZER UM DESFILE SEM ALUNOS PARA REPRESENTAR? FAZER COM QUE OS MESMOS DESFILEM APENAS PARA OBTEREM PONTOS EM DETERMINADAS MATÉRIAS TMBÉM É CORRETO?

  • Marittza Ribeiro disse:

    Caro Zé de Fernando ,
    A ex diretora de Cultura,eu,se entristece por perceber q
    ue você entendeu tudo errado… …

  • Marittza Ribeiro disse:

    Caro Gilberto,
    Vi as fotos deste ano nas comemorações do sete de setembro, também achei interessante a proposta…concordo com suas palavras…

  • NEGÃO DE VAZIM disse:

    Fonsão,
    Quem desfilava mais bonito, o Migues ou o Tranquilino? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • jancer pereira disse:

    Nenhum dos dois. Era o Paulo VI. kkkkkkkkkkkkk

  • ANGELA disse:

    Excelente matéria, pois nos levou a uma profunda reflexão e análise crítica, é esse o poder que as palavras devem provocar em nós!!! Sei que aqui não é a hora nem o lugar de darmos aula de HISTÓRIA, mas precisamos conhecer um pouca da verdaderia história, não aquela apresentada pelos livros eurocêntricos, mas a historia de um povo anônimo muitas vezes nos livros didáticos e que se tornou anônimo em muitos desfiles ao longo desse séculos. DANI parabéns pelos comentários concordo plenamente contigo!!! Como era triste não só para mim, mas para muitos colegas que não tinham condições financeiras, nem eram conhecidos por ser filhos dos homens e mulheres mais ilustres de condeúba, que não podíamos adquirir as vestes caras…. E o sonho de tocarmos na famosa fanfarra, só ficou no sonho… e o sonho de sermos princesas negras e não escravas… só ficou no sonho… Acredito que é possível fazer uma ponde entre passado e presente, pois o passado é história do povo…Trazermos sim os tradicionais desfiles, mas mostrar a verdadeira historia do povo que por muitos séculos foi colocada como sujeitos e não protagonistas da própria história, sem identidade, sendo libertados pelos grandes heróis europeus, creio que a grande beleza está na transformação, na capacidade de entender que aqueles que por séculos não tinham voz nem vez acordaram, são eles os verdadeiros patriotas – O POVO ESQUECIDO !!!

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