Doutrina Social da Igreja

Dom-Murilo-Krieger1Por: Professor Agnério Souza

O Arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger (foto ao lado), escreveu belíssimo artigo no Jornal  A Tarde, edição de 10.11.13 sobre a Doutrina Social da Igreja com o título: “Propostas para um mundo em crise”. Vale a pena reproduzir aqui a síntese elaborada por ele:

1°. A dignidade da pessoa. Essa dignidade funda-se no fato de que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. Como são seres racionais, conscientes e livres, ninguém pode ser excluído ou menosprezado na sociedade, devido a cor de sua pele, à sua raça, ao credo religioso que professa, ao partido político que escolheu ou à sua condição social.

2°. A primazia do bem comum. Dada a sua filiação divina, os homens e as mulheres são irmãos, chamados a viver em sociedade, na qual devem buscar sua realização. Tudo o que o Estado fizer precisa ser feito em vista do bem comum. O bem comum significa o conjunto daquelas condições da vida social que permite aos grupos e a cada um de seus membros atingir, de maneira completa e desembaraçada, a própria perfeição.

3°. A destinação universal dos bens. Esse princípio fundamenta-se na certeza de que Deus destinou a terra, com tudo o que ela contém, para o uso de todos os seres humanos, e não apenas para uma minoria privilegiada.

4°. A primazia do trabalho sobre o capital. O trabalho é toda a atividade pela qual o homem e a mulher, no exercício de suas forças físicas e mentais, direta ou indiretamente transformam a natureza para colocá-la a seu serviço. Qualquer trabalho humano se reveste de dignidade, por se tratar de uma atividade própria de um ser que tem inteligência e é livre. O trabalho, além de fazer do ser humano um colaborador de Deus na obra da criação, realiza o próprio trabalhador.

5°. A subsidiariedade. Nenhuma instância superior deve executar uma ação que uma inferior possa desempenhar. A esfera federal não deve fazer aquilo que a estadual pode fazer, e esta não deve fazer o que  a municipal  tenha condições de realizar. Em nenhum caso o Estado deve executar uma ação que o setor privado possa desempenhar melhor.

6°. A solidariedade. É a capacidade que o homem e a mulher têm de fazer o bem a seu semelhante, mesmo com sacrifício pessoal, de forma fraterna e gratuita. A solidariedade entre todos os seres humanos é a única forma de se chegar a uma civilização marcada pela justiça e pelo amor.

As palavras do bom pastor acima reproduzidas fazem eco no mundo moderno de hoje, tão cheio de violência e desigualdades sociais. O homem e a mulher nunca precisaram tanto de amor divino como nos dias atuais. E nós o encontramos no Evangelho de Jesus Cristo deixado para nós, através de seus apóstolos. Sigamo-lo.

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