Veja dicas para evitar problemas e armadilhas durante a Black Friday

A quinta edição da Black Friday Brasil – evento que promete grandes descontos nas compras no comércio, sobretudo pela internet – acontece nesta sexta-feira (28) com o desafio de resgatar a credibilidade do dia de liquidações no varejo que teve a imagem arranhada nas edições anteriores por problemas e falsos descontos.

black_friday_legal_selo-201Para combater a maquiagem de preços e o clima de desconfiança que levou a data a ser apelidada nas redes sociais de “Black Fraude”, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) lançou no ano passado um selo de qualidade para dar credibilidade às promoções realizadas durante o evento, o selo “Black Friday Legal”.

As empresas que se cadastraram no programa aderiram a um código de ética, comprometendo-se, entre outras práticas desejáveis pelos consumidores, a não maquiar preços. Se descumprirem a regra, não receberão o selo no ano seguinte.

Neste ano, mais de 500 lojas exibirão o selo, número mais de trêz vezes acima das 123 varejistas credenciadas em 2013. A alta procura surpreendeu, já que a entidade esperava um aumento de 20% a 25% nas inscrições.

Outro fator para o otimismo é que neste ano a Black Friday coincide com o pagamento da primeira parcela do 13º salário, o que poderá estimular a antecipação de compras de Natal. Importado dos Estados Unidos, o evento de descontos no varejo é “celebrado” sempre um dia após ao feriado de Ações de Graças dos norte-americanos, geralmente entre a penúltima e última sexta-feira de novembro.

Para tentar evitar que os problemas das últimas edições voltem a se repetir, o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) e a Fundação Procon-SP elaboraram uma série de recomendações às empresas participantes como a disponibilização de canais de atendimento de fácil acesso 24 horas para que o consumidor esclareça suas dúvidas, além de reforço na infraestrutura para melhor estabilidade dos sites mesmo com grande volume de acessos.

DICAS E RECOMENDAÇÕES
Veja a seguir as principais dicas e recomendações de especialistas e associações de defesa do consumidor para se evitar problemas e armadilhas durante a Black Friday:

Não caia em roubada
– Verifique os preços cobrados antes do dia da liquidação. Sites especializados em buscas como o Baixou e o Buscapé permitem verificar o histórico de preços de um produto.

Reputação da loja
– Escolha uma loja na qual você já tenha comprado ou que tenha boas referências. Certifique-se também se se são informados dados como endereço, telefone, e-mail, CNPJ, políticas de privacidade e troca e devolução de produtos.

Selo de qualidade
Os organizadores lançaram um selo para indicar as lojas que se comprometeram a boas práticas como não maquiar preços. Veja a lista de sites participantes na página camara-e.net/blackfriday/

Sites não confiáveis
– O Procon-SP mantém uma lista com mais de 400 sites que devem ser evitados para compras, devido ao histórico de reclamações e ao fato de não terem sido localizados para solucionar as queixas de consumidores. Clique aqui para consultar

Não compre gato por lebre
– A Serasa disponibilizará durante a Black Friday um serviço gratuito de consulta da situação do CNPJ das empresas. A ferramenta VocêConsulta Empresas informa razão social, ocorrência de protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, endereço, falências e a existência legal da companhia.

Evite clicar em anúncios que chegam por e-mail
– Oportunistas aproveitam a data para enviar e-mails falsos com nome de marcas famosas. O mais seguro é sempre digitar o endereço da loja para procurar o produto desejado.

Fuja dos falsos descontos
– Desconfie de descontos muito espetaculares. Segundo os especialistas, os descontos reais dificilmente devem passar de 30%.

Cuidado com a maquiagem de preço
– Nas últimas edições foram registrados casos em lojas aumentam o preço dias antes da Black Friday para oferecer descontos irreais, a chamada “metade do dobro”. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) identificou alta em 21,4% dos produtos analisados na liquidação do ano pasado. Maquiagem de preços pode ser considerada publicidade enganosa e os estabelecimentos podem ser multados pela prática.

Documente os passos da compra
Devido ao grande número de acessos às lojas virtuais, a queda do sistema foi uma das reclamações mais comuns nas edições passadas. Para prevenir-se, a recomendação é documentar todos os passos da compra e dar um “printscreen” das telas do computador, inclusive se o site sair do ar, para ter provas de que o pedido foi realizado.

Seja rápido na hora da compra
Como os estoques dos produtos costumam ser limitados, recomenda-se que as compras sejam feitas rapidamente, sem adiamentos.

Colocar produto no carrinho não garante compra
As empresas alertas que o fato de colocar o produto no carrinho de compras virtual não significa que ele esteja garantido, ou seja, a reserva somente será feita mediante o preenchimento dos dados de pagamento para a geração do pedido.

Boleto ou crédito?
Usar cartão de créditofacilita o cancelamento do pagamento. Mas como as ofertas devem ser menores que as anunciadas nas edições anteriores, o pagamento à vista, com o uso de boletos bancários, pode garantir descontos adicionais de até 10%.

Verifique o prazo de entrega
Durante promoções, os prazos podem ser maiores. A empresa é obrigada a informar, entretanto, o tempo de espera dos produto.

Troca de produtos com defeito
– O Código de Defesa do Consumidor estabelece prazo de 30 dias para reclamações sobre problemas ou defeitos, no caso de produtos não duráveis, e de 90 dias para bens duráveis. O consumidor poderá escolher entre três opções: exigir sua troca por outro produto em perfeitas condições de uso, a devolução integral da quantia paga, devidamente atualizada, ou ainda o abatimento proporcional do preço. Vale lembrar que produtos importados adquiridos no Brasil seguem as mesmas regras dos nacionais.

Para quem reclamar
– Os Procons são os responsáveis pela fiscalização e aplicação de multas. O Procon de São Paulo terá um plantão 24h para o atendimento das reclamações durante a Black Friday. Em São Paulo, os consumidores poderão registrar as reclamações pelo telefone 151 (somente para a cidade de São Paulo), pelo site (clique aqui para acessar) e pelas redes sociais através da hashtag #BlackFridaynamiradoProconSP. A entidade afirma que a intermediação com as empresas para tentar solucionar os problemas relatados será em tempo real.

No Rio de Janeiro, as reclamações podem ser feitas pelo site do Procon estadual (clique aqui para acessar) e no municipal (clique aqui).

Empresas mais reclamadas
– O site Reclame Aqui também recebe reclamações e promete elaborar um ranking em tempo real das empresas participantes. No ano passado, a página recebeu 8,5 mil reclamações por causa da Black Friday, 6,2% a mais do que em 2012. Os principais motivos foram: falta de estoque dos produtos (46%), maquiagem de preço (2%) e lentidão e dificuldade para acessar os sites das empresas.

Direitos do consumidor
É obrigação do lojista garantir o que foi prometido no site. Portanto, se o produto for ofertado e faltar, a entrega deve ser garantida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O consumidor tem o prazo legal de sete dias para se arrepender da compra e pedir a devolução, caso não goste do produto.

Fonte: G1

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