Casos de dengue aumentam 178% e matam 843 brasileiros em 2015

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O estado de São Paulo é o recordista em números absolutos de dengue, com registro de 733.490 casos em 2015Arquivo/Agência Brasil

O Brasil fechou 2015 com o registro de 1.649.008 casos prováveis de dengue, número 178% maior que o de 2014. Os dados são do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2015, publicado nesta sexta-feira (15). O documento também indica que, no período, foram confirmadas 843 mortes pela doença. Em 2014, foram 473 mortes.

Nesse volume estão incluídos casos diagnosticados por exame laboratorial e método clínico-epidemiológico, baseado em sintomas e na ocorrência no local, critério também indicado pelo Ministério da Saúde.

Em São Paulo, estado com maior número absoluto de casos, o salto foi de 226.866 (2014) para 733.490 (2015). Goiás foi o estado com a maior proporção de pessoas com dengue: 2,5 mil casos por 100 mil habitantes. Em seguida, São Paulo, com 1.665, e Pernambuco, com 1.107.

Em 2015, foram confirmados 1.569 casos de dengue grave e 20.329 casos de dengue com sinais de alarme. No mesmo período de 2014, foram 764 casos de dengue grave e 8.436 casos de dengue com sinais de alarme. Em 2015, o pico de incidência de infecções por dengue ocorreu em abril.

Chikungunya

Em 2015 foram notificados 20.661 casos autóctones suspeitos de febre de chikungunya, que, assim com a dengue, também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2014, o quantitativo chegou a 3.657. Ao todo, 7.823 foram confirmados, sendo 560 por critério laboratorial e 7.263 clínico-epidemiológico. O restante ainda está em investigação. De acordo com os dados,18 estados registraram a circulação do vírus.

No período, registraram-se três óbitos pela doença no Brasil, sendo dois na Bahia e um em Sergipe. Conforme as investigações, esses óbitos ocorreram em pessoas com idade avançada – 85, 83 e 75 anos – e com histórico de doenças crônicas preexistentes.

As infecções por dengue e por chikungunya têm os mesmos vetores e praticamente os mesmos sintomas. As peculiaridades são que, enquanto a dengue tem evolução mais grave, a febre chikungunya é considerada mais leve, mas com dores mais intensas nas articulações.

Zika

Ao contrário da dengue e da febre chikungunya, a infecção pelo vírus Zika, também transmitida pelo Aedes aegypti, não tem notificação obrigatória no Brasil, já que 80% dos casos não apresentam sintomas.

Dessa forma, o Ministério da Saúde não tem registro do número de casos. Entretanto, o boletim epidemiológico revela que, em 2015, o vírus foi transmitido em 19 estados. Em 2016, o Distrito Federal foi a 20ª unidade da Federação a entrar nesta lista.

A princípio, o Zika era considerado o vírus mais brando entre os três transmitidos pelo Aedes aegypti. Porém, em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que, quando uma gestante é infectada pelo vírus, ela pode gerar uma criança com microcefalia, uma malformação irreversível.

Fonte: Agência Brasil

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