Matofobia: aversão à matemática ainda é uma situação preocupante nas escolas brasileiras

Matofobia: aversão à matemática ainda é uma situação preocupante nas escolas brasileiras, para quem não sabe Matofobia, é o nome dado à aversão à matemática e os pais e escolas tentam superar esse medo e fobia dos alunos que tem medo da disciplina. Diferente da Discalculia  que é um transtorno de aprendizagem caracterizada por uma inabilidade de pensar, avaliar ou raciocinar processos que envolvam conceitos matemáticos, ou seja , discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. , Enquanto a matofobia é um transtorno psicológico de ansiedade que gera um medo, onde por trás da criança ou adolescente existe uma fobia em relação à matemática.

Todo ano no dia 6 de Maio se comemorar o Dia Nacional da Matemática, a cada ano essa campanha cresce no intuito de combater a má fama de vilã  e assustadora nas escolas.

Quando soube que ia ter aulas de matemática à tarde, além das que já assistia no colégio, Beatriz Santos Sampaio, 10 anos, jogou os livros no chão e começou a gritar. Embora não admitisse, a cena era um pedido de ajuda. Hoje, cerca de dois meses após começar o complemento escolar na Smartz School em Salvador, a menina já vê resultados e passou a gostar de ir à aula.

A mãe, Rejane, conta que percebeu que a filha, a cada ano, acumulava dúvidas sobre o assunto, e isso tornava a matéria cada vez mais difícil. “Ela dizia que sabia de tudo, que não precisava de ajuda e queria fazer tudo sozinha. Por isso, quando a levei para fazer o complemento ela se sentiu traída”, conta. Beatriz só aceitou a ideia e admitiu a importância do curso quando recebeu de volta uma prova da escola e percebeu que agora sabia as respostas de muitas questões que errara no teste.

Infelizmente a matofobia, nome dado à aversão à matemática, ainda é uma situação preocupante nas escolas brasileiras. Dados divulgados em março pelo Todos Pela Educação, com base no desempenho dos alunos na Prova Brasil em 2016, indicam que apenas 10,3% dos jovens brasileiros aprendem o esperado em matemática ao concluírem o ensino médio, quando a meta estabelecida pelo movimento é de 20%.

O medo da disciplina é histórico e pode ser passado de uma geração a outra, no meu artigo: Pais que têm medo de Matemática podem transmitir as dificuldades para seus filhos ao fazer a lição de casa, disponível em: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/7883/pais-que-tem-medo-de-matematica-podem-transmitir-as-dificuldades-para-seus-filhos-ao-fazer-a-licao-de-casa  Onde relado e chamo atenção dos pais para um cuidado, pois seu filho pode seguir os seus passos – e isso não é nada bom.  É o que aponta um estudo realizado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Voltado ao nosso tema Matofobia: A matemática deve ser encarada como um aprendizado cotidiano e que a relação da teoria com a prática deve ser mostrada às crianças constantemente – das medidas e frações utilizadas em uma receita ao tempo feito em uma corrida, por exemplo, é importante que pais não desestimulem os filhos e que as crianças compreendam que as dificuldades fazem parte de todas as fases e aspectos da vida. É necessário que os estudantes superem as dúvidas a cada etapa do aprendizado, para que o problema não se acumule, por isso trabalhamos com o conceito de complemento escolar.

Adriana de Quadros Pinheiro Portella percebeu que o filho Pedro, 9 anos, estava com dificuldades quando o pequeno chegou ao 3º ano sem saber somar. Conversou com a professora do colégio e ficou sabendo que o menino não conseguia se concentrar, nem correspondia ao que estava sendo ensinado. “Ele ia às aulas, mas não aprendia”, relata a mãe. Para superar o problema, há um ano, ela decidiu matricular o filho na Ensina Mais, em Viamão, para fazer o complemento escolar. Pedro, que antes via a soma como uma operação impossível, hoje diz multiplicar com facilidade.
Sofrimento
Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá e presidente da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, Marilda Gonçalves Dias Facci indica que o fato de não conseguir acompanhar as aulas pode fazer com que a criança desenvolva a aversão à disciplina, ou pode ser causado por alguma situação vexatória relacionada à matéria. Na percepção da docente, o fato de não conseguir acompanhar as disciplinas em sala de aula faz com que o aluno sofra psiquicamente.

“As crianças sofrem quando não estão aprendendo, pois a expectativa da sociedade é que elas aprendam. Reprovar é algo difícil para ela, e muitas vezes a indisciplina do aluno é uma reação à falta de aprendizado”, afirma.

Desenvolver um trabalho lúdico e personalizado, segundo a professora, auxilia a criança a aprender mais facilmente. Resgatar a sua autoestima também é crucial na superação das dificuldades. Ela ressalta, ainda, que o processo de aprendizado é coletivo, e envolve equipe pedagógica, pais, professores, comunidade escolar e políticas educacionais.

Questão cultural

Professora do mestrado em educação do Centro Universitário La Salle, em Canoas (RS), Vera Lucia Felicetti estudou a matofobia em sua dissertação de mestrado. A docente destaca outro personagem também essencial ao processo de aprendizagem: o aluno. “O estudante deve ser protagonista de sua educação. Não basta comparecer à escola, tem que questionar. É preciso comprometimento”, enfatiza. Vera Lucia aponta também a importância da formação continuada do professor, para que ele seja capaz de buscar métodos que estimulem os alunos em sala de aula.

No estudo, a pesquisadora identifica a matofobia como uma questão cultural e aponta que os estudantes, geralmente, não gostam ou tem medo da matemática porque não a entendem. Entre as possibilidades de melhora, indicadas por docentes que obtiveram maior êxito no ensino da disciplina, estão o ensino sob diversos enfoques. Além disso, a professora lembra que os pais devem acompanhar o aprendizado da criança, verificando os deveres de casa para identificar dificuldades.

 

 

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Psicopedagogo, Contador, Bacharel em Direito e Escritor. Pesquisador sobre Engenharia Didática em Educação Matemática; Modelagem; Construção do Conhecimento em Matemática; Modelos Matemáticos e suas Aplicações na vida real. Criou o método X Y e Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Docente nos cursos de Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais especializados. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, Jornal da Cidade e Folha Online. Sobre: Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Site: www.valdivinosousa.mat.br E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Telefone Celular / Whatsap: 11 – 9.9608-3728

Valdivino Sousa

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Psicanalista e Escritor. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Autor de mais de 15 livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais. É programador Web e editor do blog Valor x Matemática Computacional, Produtor de Conteúdo e Colunista Mtb 60.448. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, R2 Nacional e Opa! Já Publiquei, sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Site: https://www.matematicosousa.com.br E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Cel Whatsap: 11–9.9608-3728
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