Os talentos que o Brasil desperdiça

Os talentos que o Brasil desperdiça, faz uma enorme diferença nas economias e sociedades.  São talentos em Matemática e também em outras áreas,  veja como o nosso país adota as formas de desperdiço.

O Brasil adota três formas eficazes de desperdiçar talentos, e isso talvez isso esteja associado às nossas dificuldades de promover um crescimento sustentável.

A primeira forma tipicamente brasileira de desperdiçar talentos consiste em ignorar a importância de identificá-los precocemente, sobretudo no caso de crianças que frequentam escolas públicas. Isso ocorre por inação e descuido, mas também em virtude de um viés ideológico que considera politicamente correto tratar de forma igual os desiguais, e considera politicamente incorreto o uso de testes diagnósticos e trilhas especiais para os talentosos.

A segunda especialidade nacional no desperdício de talentos consiste no elevado grau de satisfação com a qualidade da educação – tanto pública quanto privada. A quantidade de alunos brasileiros nos níveis mais elevados de desempenho no Pisa é muito inferior à de outros países desenvolvidos. Isso se deve, em parte, ao fato de que não cultivamos talentos desde cedo e, em grande parte, às distorções criadas pelo Ensino Médio. Se uma escola brasileira quiser adotar o mais prestigioso programa de Ensino Médio do mundo, o I.B. (International Baccaleaureat), ela precisará ter professores brasileiros, dar os cursos em português e ainda oferecer todas as disciplinas do Ensino Médio brasileiro.

A terceira especialidade nacional consiste na barreira à entrada de talentos de outros países, especialmente nas universidades. Em um mundo globalizado, no qual o universo científico está cada vez mais interligado, as barreiras para o ingresso de jovens doutores nas universidades brasileiras contribuem para reduzir o nível de pressão pela excelência acadêmica.

As poucas iniciativas meritórias existentes – como as Olimpíadas de Matemática e suas congêneres – são dissociadas de ações de base.

Desperdiçar talentos é um crime de lesa-pátria. Há evidências fortes demonstrando como um núcleo forte de talentos é capaz de produzir mudanças profundas na economia e na eficiência de um país. Infelizmente, nosso maior talento tem sido justamente o desperdício de talentos.

 

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Psicopedagogo, Contador, Bacharel em Direito e Escritor. Pesquisador sobre Engenharia Didática em Educação Matemática; Modelagem; Construção do Conhecimento em Matemática; Modelos Matemáticos e suas Aplicações na vida real. Criou o método X Y e Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Docente nos cursos de Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais especializados. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, Jornal da Cidade e Folha Online. Sobre: Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Site: www.valdivinosousa.mat.br

E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Telefone Celular / Whatsap: 11 – 9.9608-3728

Valdivino Sousa

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Psicanalista e Escritor. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Autor de mais de 15 livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais. É programador Web e editor do blog Valor x Matemática Computacional, Produtor de Conteúdo e Colunista Mtb 60.448. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, R2 Nacional e Opa! Já Publiquei, sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Site: https://www.matematicosousa.com.br E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Cel Whatsap: 11–9.9608-3728
AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.

Deixe um comentário

Adicione seu comentário abaixo . Você também pode assinar estes comentários via RSS.

Seu email não será divulgado. Os campos que estão * são obrigatórios.