Algum tempo atrás eu escrevi um artigo em meu blog, com o seguinte titulo: “Que cidade você quer para o futuro?”. Foi muito oportuno na ocasião porque recebi diversas opiniões e houve um processo de discussão bem ao nível das minhas expectativas.
O que precisa mudar em sua cidade? Em seu país?
Quais são os seus sonhos? O que você deseja pra amanhã?
O que você espera para os seus filhos? Para os seus netos?
Perguntas como essas foram discutidas e satisfatoriamente aceitas por mim, autor do texto. Algumas respostas me chamaram atenção (como de uma leitora chamada Fabiana) em que ela diz que a ‘modernidade de certa forma cava buraco profundo na sociedade’. Esse, talvez seja o preço a pagar pela palavra modernidade. E todas as opiniões giraram em torno de um único objetivo: quero paz, preciso de tranqüilidade, quero apenas ser feliz no lugar onde vivo. Só que nem sempre esses verbos se conjugam quando se refere ao Brasil de hoje. Vivemos em um país onde, entre tantos problemas, temos que conviver com a falta de segurança. Vivemos apreensivos pelas ruas, paranóicos dentro de casa, porque simplesmente não temos proteção.
Certo dia, um amigo meu me disse uma coisa interessante: “quando era garoto, a gente saia de casa e nem fechava a porta. Hoje, mesmo fechando todas as porta e janelas, colocando alarme, cerca elétrica sobre o muro alto, o ladrão ainda entra e nos faz de vitima dentro de nossa própria casa’”.
Outro dia, invadiram as agencias bancarias da minha cidade, Condeúba, e levaram todo o dinheiro. Até ai tudo bem. Os bancos são ricos e ganham o dobro só com os juros e impostos que pagamos a eles. Não que eu seja a favor disso. É repugnante só de pensar em qualquer tipo de violência como essa. O problema é quando o cidadão de bem fica no meio desse fogo cruzado ou quando ele próprio é a vitima, seja de modo parcial ou imparcial. De qualquer forma acaba sendo, mesmo de forma imparcial.
“As pessoas se trancam em suas casas. Pois não há segurança nas vias públicas. A lua já não é mais dos namorados. Os velhos já não curtem mais as praças. E quem se aventura pode ser a última. E quem se habilita pode ser o fim. A gente precisa de um super-homem. Que faça mudanças imediatas. Pois nem mesmo a polícia pode destruir.
Certas manobras organizada.”
A gente se pergunta. Até quando? Ou se há uma solução para tanta criminalidade, tanta violência no mundo. Se vale a pena continuar sonhando com a paz. Se há alguém nesse mundo capaz de resolver tal situação.
A resposta está dentro de cada um de nós. De acordo com as nossas atitudes, de acordo com a nossa fé, de acordo com os nossos sonhos.
Por isso, apesar de tudo, sonho em um dia poder ver os meus netos brincarem como antigamente, correndo livremente pelas ruas, sem a gente se preocupar com uma bala perdido, uma trovoada de granada ou um seqüestro relâmpago.
Sonho em ver minha cidade Condeúba crescer, se desenvolver (que venha a modernidade!), mas sem os temidos “buracos” causados pelo progresso.
Sonho com um Brasil seguro, onde a paz seja objeto de todos. Polícia, governo, sociedade. Tem uma fase de um rap que diz mais ou menos assim: ‘Se todos dessem as mãos, quem sacaria as armas? ’
O meu grito é que haja um investimento maior na questão “Segurança pública”. Se não a coisa vai ficar feia.
Leandro Flores
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