De vez em quando os fiscais do IBAMA aparecem em nossa região, não fazem muita coisa, mas dão as caras.
E foi numa dessas visitas, que na estrada condeúba/feirinha do morro eles se deparam com um senhor, que vinha com um veado morto nas costas (veado bicho, diga-se de passagem).
Prontamente os fiscais pararam o cidadão e foram logo perguntando:
– Onde o senhor matou este animal?
– Ó seu moço, foi ali num “sêvero” que a gente tem.
– O senhor quem nós somos?
– Nunca vi os moços por aqui não, sei não senhor.
– Nós somos autoridades, fiscais do IBAMA, que prende quem fica matando os animais em extinção, como o senhor.
– Não seu moço, esse veado não tava em ex, ex, ex… esse negócio de tição que o senhor falou, tava era na boca do “sêvero”.
– Pois é, o senhor não compreende o que falamos, mas vai entender tudo na cadeia. Jogue o animal aí em cima e entre, o senhor tá preso.
– Bom seu moço, se vós mi cê é autoridade, falou tá falado. Mas se vai me prender, deixa eu ir buscar o outro veado que matei, pois ia levar este e voltar para buscar o outro, se não ele vai apodrecer lá no mato.
– E o senhor matou dois?
– Craro, sou bom no tiro e minha chumbeira é de primeira, fica com ela aí que já volto com o outro bicho pro cês ver.
Os ficais do IBAMA esperaram mais de 06 horas, pensaram que ganharam o jogo e tomaram o gol de empate aos 45 do segundo tempo..
Já dizia meu amigo Jesus de Caculé-BA:
“O matudo é rombudo na letra, mas fino na treita.”
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