Agora sim, as eleições em Condeúba começam a acirrar. A disputa pela cadeira principal e por onze cadeiras no Legislativo municipal, será com certeza, difícil e cheia de surpresas. Para vereador(a), muitos votos pulverizados, e a divisão dos mesmos, pode tirar muita gente do páreo, e irá ganhar quem melhor apresentar suas propostas e demandas. Muito embora, os candidatos terão que suar muito, e gastar sola de sapato, para conseguir convencer o eleitorado, muitas vezes, desgastado e sem esperanças, mediante tantos anos votando e tendo uma câmara cada vez mais ineficaz. Para Prefeito, as coligações mostram que ninguém vai dar moleza, não tem nada ganho e o jogo só termina quando o juiz apita. “O jogo é jogado e o lambari é pescado”

A política é uma batalha cessante. Vai começar o espetáculo maravilhoso que é a busca pelo espaço no cenário político. As reuniões, os encontros e as articulações irão movimentar toda cidade. È preciso manter o respeito, o equilíbrio, a ética, a verdade, claro que nem todos primam pelo tom da seriedade, e aguçam os debates com histeria e total descontrole. Mas, imagino que não será o caso da nossa cidade, de povo ordeiro, especialmente capaz de buscar seus próprios méritos. A vida pessoal dos candidatos precisa ser esquecida, a discussão deve ficar no âmbito das idéias, planos de governo e projetos. Se um determinado candidato tem cinco mulheres, isso é um problema dele, não estamos escolhendo um familiar, um esposo para nossas filhas. Se seus familiares não têm bom comportamento, continua sendo um problema familiar e não administrativo – Agora, o desempenho dele como administrador, suas experiências profissionais, a forma de se relacionar com o povo, tudo isso deve ser levado em consideração, pois estamos escolhendo um funcionário para nos prestar serviços durante quatro anos, com possibilidade de renovação de contrato por mais quatro e se for no Legislativo, até quando ele se aposentar.  Não devemos eleger a arrogância, a ineficiência, a mentira e o despreparo de candidatos movidos por sonhos pessoais. O que deve permear as discussões é o coletivo, as necessidades da comunidade. Nesse caso, a vida pregressa dos candidatos mostra a evidência do que serão no comando do nosso município. Se o candidato é ruim para a família, para os colegas de trabalho, para seus subordinados, para os amigos, a chance desse “modus comportamental” ser replicado numa possível gestão é muito grande.

Apesar do suposto desinteresse do povo pelas questões políticas, durante os mandatos dos políticos, no fundo temos orgulho de votar, o que precisamos é manter essa chama na fiscalização dos nossos votos e lembrar: Se vendemos o nosso voto, já recebemos antecipadamente o pagamento, não poderemos exigir trabalho e lisura como pagamento.

Como disse Frei Beto, a política é, apesar de tudo, o único remédio contra os males da coletividade. È preciso falar de política durante todo ano, e não somente nas eleições. A arte de politizar é única e abre portas para debates a ações em prol de toda comunidade.

E ai vem os questionamentos.  O principal deles que irá povoar a mente do eleitor:

Continua a gestão que aí está há quase oito anos, com desgaste em questões relacionadas a saúde e segurança, mas que diz ter feito o possível ou irá prevalecer esperança de mudança?

Compare o produto que você vai adquirir, observando qualidades e defeitos, pois você vai ficar com ele por quatro anos.

–  Avalie os funcionários que você vai contratar por quatro anos.

– Use a inteligência e não a força ou paixão no momento das escolhas.

– E lembre-se:

“VOCÊ É LIVRE PARA FAZER SUAS ESCOLHAS, MAS É PRISIONEIRO DAS CONSEQUÊNCIAS DE SUAS ESCOLHAS” – Pablo Neruda

“… A ESMOLA A UM HOMEM SÃO, OU LHE MATA DE VERGONHA OU VICIA O CIDADÃO…” – Luiz Gonzaga.

Texto adaptado por Décio Pereira.

Texto original do Blog da Resenha Geral