Por: Profº Agnério Souza
A população de Condeúba, segundo o Censo de 2010, foi de 16.898 habitantes, sendo 8.270 homens e 8.628 mulheres. Apenas 358 mulheres a mais, então, a lenda de 7 mulheres por 1 homem não funcionou. Na zona rural havia 9.436 moradores e na urbana 7.462. Entretanto, o Censo de 2000 registrava 18.047 habitantes. Diferença de 1.149 pessoas. Que houve? A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, traçou o mapa censitário de Condeúba com bastantes erros, a ponto do Povoado de Lagoinha ser recenseado para Pres. Jânio Quadros. Não houve meio nem recurso político que revertesse esse quadro.
Pela estimativa ibegeana para 2012, a população foi de 17.421 habitantes. Para uma área de 1.285 km2, temos uma densidade demográfica de apenas 13.14 hab./km2. Porém, um escândalo com a elevada taxa de analfabetos no municipio, cerca de 46% da população, mais de 8.000 pessoas. Existem? Sim, percebe-se as grandes filas nos bancos de pessoas a espera de alguém para lhes retirarem o pagamento, porque não sabem digitar uma senha, o grande número de votos nulos nas eleições, várias pessoas que nada sabem de leitura e escrita ao pedir ajuda para verificar uma conta de água, telefone ou luz.
Para efeito dessa contagem, o IBGE ao questionar a pessoa, pergunta: “O(a) senhor(a) sabe ler e escrever um bilhete? Quem disser não, será contado como analfabeto. Está na hora de se pensar como o município poderá diminuir o número de analfabetos existentes. Segundo análise do professor João Monlevade sobre o Plano Nacional de Educação, prevê-se a META 9 – alfabetização de adultos, aprovado pela Câmara dos Deputados, pela Lei 8.035/10, o seguinte: “Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015, erradicar o analfabetismo absoluto até 2020 e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional”.
É bom lembrar que o município sempre ofereceu programas de Alfabetização de Adultos. No tempo de Dr. Marcolino, o AJA BAHIA; no tempo de Odílio, o BRASIL ALFABETIZADO e agora o TOPA. Então, alguma coisa errada está acontecendo.
Em tabela preenchida para o Diagnóstico da Educação que temos, a fim de elaborar o Plano Municipal de Educação, registra-se uma diminuição de crianças na faixa etária de 6 a 14 anos, entre os anos de 2000: 3.622 crianças; em 2007: 3.056 e 2010 caiu para 2.938. Essa é a faixa própria do Ensino Fundamental de nove anos. Que aconteceu? Será que foi a pílula anticoncepcional ou controle rigoroso da natalidade?
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