Em 2014, mais de 50% das ligações recebidas pelo serviço foram trotes

Segundo relatório anual do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) de Vitória da Conquista, em 2013, das 206.224 chamadas recebidas pelo serviço, 92.885 foram trotes, identificados ainda na Central. Este ano, a situação não é diferente, das 63.953 ligações recebidas até o mês de março, 33.660 foram trotes. Ou seja, mais de 50% das ligações.

Os trotes não identificados pela Central provocam o deslocamento da equipe que constata, apenas no local, que o possível evento se trata de uma chamada falsa. “Esse tipo de situação gera graves transtornos ao sistema, como a demora do tempo/resposta aos reais acidentes, expondo a população usuária ao risco de morte, bem como causa prejuízos financeiros à administração pública”, alerta a coordenadora geral do Samu 192, Gracielle Gardênia.

Para combater esta prática, o Governo Municipal vem realizando, desde a implantação do serviço, campanhas educativas nas escolas, com o objetivo de orientar os estudantes quanto ao funcionamento do serviço e como agir diante de uma situação de urgência. Durante esses encontros, a equipe do Samu 192 distribui uma cartilha produzida pela Prefeitura. “Esta ação com os estudantes deve continuar, pois boa parte dos trotes identificados foram feitos por crianças e adolescentes. Então, acreditamos que informar esse público sobre o funcionamento do serviço diminuirá essa prática”, explicou Gracielle.

Quando ligar para o Samu – Em caso de problema cardíaco e ou respiratório; intoxicação por substâncias químicas; queimaduras graves; maus tratos; trabalho de parto, em que a mãe ou o feto estejam em risco; situação de surto psiquiátrico (pessoas com sofrimento ou transtorno mental); crises hipertensivas; acidentes/traumas com vítimas; afogamento; choque elétrico; acidentes com produtos perigosos; transferência entre hospitais de doentes com risco de vida; entre outros.

Conheça mais sobre o serviço – O Samu 192 de Vitória da Conquista foi fundado em 2001. Denominado como Resgate Médico, esta foi uma iniciativa pioneira do Governo Municipal que mantinha o serviço com recursos próprios. Isso fez com que, em 2004, a cidade tivesse o primeiro Samu 192 habilitado na região Nordeste do Brasil. Em 2011, o serviço que era apenas municipal passou a ser regional com base nos municípios de Anagé, Belo Campo, Cândido Sales, Condeúba, Itapetinga, Itambé, Itororó, Macarani, Maetinga e Poções.

Hoje, o serviço conta com uma estrutura composta por Central de Regulação Médica; quatro unidades básicas e uma unidade de suporte avançado, que funcionam 24h, com equipe formada por médicos, enfermeiros, condutores/socorristas e técnicos de enfermagem; uma ambulância social e uma para o transporte intermunicipal.