Dunga volta ao comando da Seleção Brasileira. O treinador foi apresentado pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O gaúcho de 50 anos treinará o selecionado nacional pela segunda vez: ele esteve à frente do time entre agosto de 2006 e julho de 2010, encerrando sua primeira passagem após a queda nas quartas de final.
“Atleta que foi campeão do mundo, foi capitão de uma seleção campeã, demonstrou capacidade para dirigir a seleção brasileira”, declarou Marin ao apresentar Dunga.
Carlos Caetano Bledorn Verri chega para substituir Luiz Felipe Scolari, que não teve contrato renovado depois das vexatórias goleadas sofridas diante da Alemanha e Holanda na Copa. A primeira convocação que o técnico fará será para os amistosos contra Colômbia e Equador, nos dias 5 e 9 setembro, respectivamente, nos Estados Unidos.
Sobre a convocação, Dunga foi enfático ao afirmar: “Meus números, o trabalho que realizei, foram os indícios que o presidente Marin e Del Nero me chamaram. Injustiça? A gente usa essa palavra, mas não existe, tanto que estou aqui novamente”.
Como treinador da Seleção, Dunga coleciona 60 jogos, sendo 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas, com aproveitamento de 76,67%. Dunga liderou o time na conquista da Copa América, em 2007, na medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e na Copa das Confederações, em 2009. Sob seu comando, o Brasil terminou em primeiro lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, com nove vitórias, sete empates e duas derrotas, tendo o melhor ataque (33 gols) e a melhor defesa (11 gols sofridos).
A nova comissão técnica não foi anunciada. Na semana passada, Gilmar Rinaldi já havia sido confirmado como coordenador técnico das seleções. “Começamos agora efetivamente nosso trabalho. Começamos a conversar sobre a comissão técnica, que não será divulgada hoje. A ideia é justamente essa, voltar algumas coisas importantes em uma reformulação”, disse Rinaldi. O coordenador enfatizou que a noemação de Dunga como técnico não foi um convite, e sim uma convocação.
“Não precisamos fazer dessa Copa do Mundo terra arrasada, há coisas que podem ficar”, enfatizou o técnico da seleção. Dunga ressaltou que, quanto ao futebol, o Brasil tem o talento, mas que deve ter como exemplo a estratégia da Alemanha. “A gente viu na Copa que é importante o talento, mas o planejamento também. Como é importante o marketing, mas que o resultado dentro de campo também”, completou.
Para Dunga, o mundo descobriu a Alemanha agora, mas “a Alemanha sempre deu importância para o esporte em geral, sempre deu importância à formação dos atletas”.
Sobre o desempenho da seleção, o técnico destacou: “Não podemos passar para o torcedor que somos os melhores. Quando o adversário vê que você não dribla, ele te dribla. A camisa do Brasil sempre será respeitada, mas eles nos respeitam tanto que querem ganhar de nós de qualquer forma”.
Ao comentar a relação conturbada com a mídia, Dunga disse que o principal é o trabalho desenvolvido com a seleção. “Ninguém vai cercear a imprensa de trabalhar, mas a imprensa tem que entender que o objetivo maior é a seleção brasileira”, evidenciou.
Fonte: EBC
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