Uma em cada 10 meninas em todo o mundo sofre abuso sexual

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Cerca de 120 milhões de meninas são abusadas sexualmente

Uma em cada 10 meninas em todo o mundo – ou cerca de 120 milhões no total – já foi forçadas a ter relações sexuais ou participar de outros atos sexuais, e as taxas são ainda maiores na África subsaariana, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Analisando dados de 190 países, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que os molestadores sexuais mais frequentes de meninas de menos de 18 anos são atuais ou ex-maridos, namorados e companheiros.

O estudo, que filtrou a maior compilação de dados sobre violência infantil já realizada, também descobriu que uma de cada cinco vítimas de assassinato é criança ou adolescente de menos de 20 anos.

O homicídio foi a causa principal de mortes de homens entre 10 e 19 anos no Panamá, Venezuela, El Salvador, Trinidad e Tobago, Brasil, Guatemala e Colômbia.

“A violência contra crianças ocorre todos os dias, em todo lugar: os tapas de um pai aborrecido para controlar uma criança ‘levada’, a perseguição sexual de adolescentes por parte de um colega ou vizinho, o assédio de uma criança por outra no parquinho da escola, a degradação emocional de uma noiva ainda menina por parte de seu marido”, declara o relatório.

“Em todo o mundo, crianças demais são afetadas por essas formas de violência, e ainda assim isso raramente é admitido, em parte por ser tão trivial. As repercussões não são insignificantes, elas se disseminam como ondas pela sociedade, assim como em futuras gerações”, acrescenta o estudo.

Em comparação com a média global, foi relatada uma proporção maior de meninas forçadas a fazer sexo em 13 dos 18 países da África subsaariana: Camarões, República Democrática do Congo, Uganda, Zimbábue, Malauí, Guiné Equatorial, Gana, Zâmbia, Gabão, Tanzânia, Libéria, Ruanda e Quênia.

A Unicef disse que os meninos também sofrem violência sexual, mas em grau muito menor do que as meninas.

A violência infantil está acontecendo em locais onde as crianças deveriam estar seguras – suas comunidades, escolas e lares, afirmou a Unicef.

“Acontece cada vez mais na Internet, e é levada a cabo por familiares e professores, vizinhos e estranhos e outras crianças”, disse o diretor-executivo da agência, Anthony Lake, segundo a rede BBC.

Fonte: Atarde

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