Bahia vai universalizar uso de cisternas em escolas rurais até 2016

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O Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), firmou acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para universalizar o acesso à água em escolas públicas das áreas rurais da Bahia até 2016. A parceria foi formalizada entre o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, durante reunião com o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Arnoldo de Campos. Já estão assegurados recursos do MDS para a instalação de cerca de 1.500 cisternas.

“Não queremos mais ter crianças da área rural deixando de ir para a escola por falta de água. A parceria que estamos firmando aqui é fundamental para alcançarmos este objetivo. Nosso desejo é fechar parcerias em outros estados. Já entregamos mais de 1,1 milhão de cisternas de água para o consumo por famílias rurais”, afirmou Campos.

Além de ser fundamental para captação da água da chuva em regiões que convivem com a seca, a construção das cisternas em escolas do semiárido é um importante apoio na ampliação do acesso à água nas comunidades, bem como nas ações dos carros-pipas, que passam a dispor desta tecnologia social também para o atendimento das famílias da região.

Outros temas foram tratados no encontro, a exemplo da inclusão produtiva rural, distribuição de sementes, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o fortalecimento das políticas públicas nas áreas remanescentes de extrema pobreza. “Pactuamos a continuidade das políticas sociais no campo e acertamos também novos objetivos, como a geração de mais oportunidades produtivas e a busca ativa para redução ainda maior das vulnerabilidades sociais em grupos populacionais específicos”, destacou Jerônimo Rodrigues.

Também participaram da reunião a diretora de Fomento à Estruturação Produtiva do MDS, Rocicleide da Silva, o diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias, e o superintendente da CAR, Jeandro Ribeiro.

Principais ações na Bahia

Na Bahia, desde 2011, já foram incluídas 16,6 mil famílias agricultoras no Programa de Fomento. Também foram entregues 109 mil cisternas para consumo e 34 mil tecnologias sociais de água para produção. No caso do PAA, R$ 59,8 milhões em recursos para aquisição de alimentos da agricultura familiar foram investidos em 2014.
A partir deste ano, outras 25 mil famílias poderão ser inseridas na estratégia de inclusão produtiva rural, com recursos já previstos no orçamento da ordem de R$ 62,7 milhões.

Para as ações de acesso à água, está prevista a construção até 2016 de mais 60,3 mil cisternas de água de consumo e 23,3 mil tecnologias de água para produção, além de 1.560 cisternas escolares, que irão contribuir para a universalização deste atendimento (são 1.150 cisternas escolares previstas para a Bahia em um termo de parceria com a Associação Programa 1 Milhão de Cisternas – AP1MC).

Nas ações de acesso à água, as implementações previstas  para 2015/2016, na Bahia, envolvem instrumentos vigentes, firmados desde 2012, que totalizam recursos da ordem de R$ 520 milhões. Este valor considera entregas já feitas e o que será entregue a partir deste ano. No PAA, somente na modalidade PAA Leite, há previsão de repasse do MDS em 2015 de R$ 48,3 milhões.

Bancos comunitários

Além disso, está prevista a implantação de 201 bancos comunitários de sementes no estado, que beneficiarão 4.020 famílias agricultoras, por meio do termo de parceria com a AP1MC. O objetivo é desenvolver projetos de resgate, preservação, multiplicação, estoque e distribuição de sementes crioulas e varietais, por meio da estruturação de bancos comunitários de sementes e da mobilização e capacitação de agricultores familiares.

A Bahia, que como todos os estados, aderiu ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), é um importante parceiro para promover, junto aos municípios, a adesão ao sistema. Está prevista para o final de março a realização de um seminário – organizado pelo governo estadual – a fim de mobilizar os municípios para a V Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que ocorrerá em novembro, em Brasília.

Fonte: SECOM/GOV BA

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UM Comentário

  • José Carlos Ferreira de Carvalho disse:

    São ações interessante, mas que apresenta uma infinidade de falha, e que muita gente tiram proveito para ganha dinheiro em cima da politica da seca, que ainda é muito forte, mas para se falar das falhas de algo deve haver afirmações a respeito, essas cisternas deveria ser apenas para coleta de águas das chuvas, onde á água será utilizada exclusivamente para beber e cozinhar, portanto nenhuma água de pipa deveria abastecer essas cisternas, mas o que acontece? Há muitas cidadão que se quer capita água das chuvas, ficando esses reservatórios exclusivo para receber água da operação pipa, dessa forma um programa que tem a intensão de melhora, torna prejudicial, porque aumenta ainda mais o fluxo de caminhões pipas, comprometendo muito o potencial das represas nordestinas no período de estiagem, a solução seria uma marcação dessas cisternas com um selo do governo, e elas ficarem exclusivamente para capitação da água da chuva, não seria problema porque sua eficiência já é comprovada, uma outra falha que estou percebendo, é em relação as escolas, a família na escola é um pouco maior, então a cisterna para essa realidade deveria ter um outro projeto com reservatórios com outras dimensões, vou dar um exemplo, em Condeúba, uma cobertura de telhas de 100m² na pior seca de sua história daria para encher uma caixa de 50 mil litros, o que seria mais coerentes com as escolas é construir caixas de acordo a capacidade de coletas de cada região, uma outra falha no programa, e eu não sei o motivo, é a escolha da construção das caixas, com o dinheiro de duas caixas dessas apresentada na reportagem do Ddez, da para se construir três com mesma capacidade com a técnica de ferro cimento, além do custo e beneficio que com a construção das outras gera emprego nas localidades, melhorando a economias dos municípios. Fica claro então, que esse programas, embora sejam bons, estão com sério problemas de gerenciamento.

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