O prefeito de Malhada de Pedras, Valdecir Alves Bezerra (PT), foi preso nesta sexta-feira (25) pela Polícia Federal durante a operação Vigilante, que apura um esquema de desvio de recursos no transporte escolar do município. O vice-prefeito eleito também é alvo de um mandado de prisão, mas se encontra foragido.
Além de Ceará, como é conhecido o prefeito, dois servidores foram presos pela PF.
A PF conduziu coercitivamente a prefeita eleita da cidade, um ex-prefeito, além de empresários e servidores envolvidos no esquema que teria desviado cerca de R$ 3 milhões.
Operação Vigilante
O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal realizam, nesta sexta-feira (25), a Operação Vigilante, que visa desarticular esquema de desvios de recursos destinados ao transporte escolar no município baiano de Malhada de Pedras. O prejuízo estimado ao erário é de, pelo menos, R$ 3 milhões.
Durante as investigações, foram identificadas fraudes em licitação, com direcionamento, para contratação de empresa vinculada a gestores municipais; superfaturamento mediante adulteração de quilometragem de linhas percorridas; e cobrança pela prestação de serviço de transporte, em dias sem atividade escolar. Em alguns casos, a quilometragem cobrada era mais do que o dobro da distância real percorrida.
Participam da ação cerca de 90 pessoas, entre policiais e auditores da CGU. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, oito conduções coercitivas, três medidas cautelares e 15 mandados de busca e apreensão, nos municípios baianos de Malhada de Pedras, Salvador, Alagoinhas, Itagibá e São José do Jacuípe.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de responsabilidade, fraudes em licitação, organização criminosa, além de atos de improbidade. O nome da Operação faz referência a dois aspectos: primeiro, deriva do nome da empresa utilizada pela organização criminosa, que em tupi, significa vigilante; segundo, uma alusão a órgãos de controle, que estão vigilantes quanto aos desvios de recursos públicos.
Fonte: Bocão News
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