Eures Ribeiro é eleito presidente da UPB

Trabalhar para buscar  uma forma de reverter o veto do presidente Michel Temer à lei de reforma do Imposto Sobre Serviços (ISS), que gera prejuízos aos municípios baianos. Esta é a primeira bandeira a ser defendida pelo prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSD), que nesta quarta-feira, 25, foi  eleito presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) para o biênio 2017/2019.

Apoiado pelo governador Rui Costa (PT) e tendo como  padrinho político o senador Otto Alencar (PSD), Ribeiro recebeu 206 votos contra 139 conferidos ao prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT) – o candidato da oposição que teve o apoio do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM).

A eleição, na sede da UPB  no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em Salvador, foi uma das mais concorridas dos últimos anos. Dos 386 prefeitos aptos a votar, apenas 41 não compareceram à eleição, que se estendeu das 8h às 17 horas.

Ovacionado por um auditório lotado de prefeitos, deputados, lideranças políticas como a senadora Lídice da Mata (PSB), o presidente eleito da UPB disse que a disputa acabava ali, e pediu a unidade de todos os prefeitos baianos em torno das bandeiras municipalistas.

Ele fez questão de abraçar o adversário, a quem convidou para trabalhar juntos em prol da União dos Municípios da Bahia, e disse que o senador Otto Alencar foi fundamental  para a sua vitória.

O senador não foi à sede da UPB, nesta quarta, mas acompanhou de casa a eleição e falou por telefone quatro vezes com o seu candidato. Na noite da véspera, Otto também participou de um jantar com prefeitos aliados em uma churrascaria da orla de Salvador.

Eures Ribeiro explicou que o presidente Temer vetou o dispositivo que transferia a cobrança do ISS, antes feita no município do estabelecimento prestador do serviço, para o município do domicílio dos clientes de cartões de créditos e débito, leasing e planos de saúde.

Esse era um antigo pleito dos prefeitos, mas acabou retirado da lei pelo governo, que alegou perdas na arrecadação e aumento dos custos para empresas do setor. “Mas esse veto prejudica muito financeiramente os municípios baianos”, reagiu Ribeiro, adiantando que também fará, como medida em início de gestão,  “uma avaliação da casa, da conjuntura da UPB”.

A derrubada do veto na nova lei do ISS unificou prefeitos governistas, como o Quinho (PSD) de Belo Campo, e da oposição, como Zito (DEM) de Barreiras. “Todo o imposto gerado por cartão de crédito vai para São Paulo e com a seca que enfrentamos isso não é justo”, disse Quinho.

O prefeito de Barreiras também espera que o presidente eleito da UPB reforce a discussão em torno da dívida do INSS, que no seu município chega a mais de R$ 350 milhões.

União

O candidato derrotado, Luciano Pinheiro , em seu primeiro mandato de prefeito de Euclides da Cunha, disse que saiu da disputa com sensação de vitória. “Eles imaginavam que iam ter mais de 150 votos de frente”, afirmou, negando, contudo, que a entidade saiu dividida.

“Da minha parte não há mais disputa política. Agora é nos unirmos em favor dos municípios, sobretudo quando passamos por grande crise financeira”, argumentou Pinheiro.

O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), virtual candidato a governador, negou que a eleição na UPB seja uma prévia para 2018.. “A disputa é entre prefeitos. Não é entre político A ou B”. Quem também fez discursos pela unidade e fortalecimento da UPB foi María Quitéria (PSD), ex-prefeita de Cardeal da Silva que se despede da presidência da entidade após quatro anos.

Fonte: A Tarde

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