O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB) não considera a saída do delegado Florisvaldo Nery, de Piripá, no Sudoeste baiano, solicitada por parte da população, como a medida mais importante para melhorar a situação da segurança pública na cidade. Em nota enviada ao CORREIO, a entidade de classe considerou que “antes é preciso ressaltar que as condições de trabalho oferecidas na unidade policial de Piripá não são as ideais, porquanto conta com um número reduzido de investigadores, escrivães e precária estrutura física.”
A ADPEB também disse repudiar “veementemente, o ato criminoso que aconteceu na sede da delegacia” da cidade, ocorrido na madrugada do dia 31. “O protesto como modo de externar a vontade do cidadão é valido e legal, porém não aceitaremos, sob nenhuma hipótese, que marginais, disfarçados de cidadão de bem e em defesa de interesses pessoais, ataquem a honra e impeçam um delegado de polícia de exercer as suas funções”, disse o presidente Fabio Lordello.
Conforme a entidade, a situação de Piripá é semelhante à de outras unidades policiais do Estado. A ADPEB informou que oficiou o delegado-geral da Polícia Civil, solicitando adoção de providências quanto às reformas estruturais de algumas unidades do interior e da capital, em muitas das quais houve fugas e rebeliões.
Como exemplos, cita a 28ª Delegacia (Nordeste de Amaralina, em Salvador) e as delegacias de Juazeiro, Miguel Calmon, Remanso, Alagoinhas, Itamaraju, Ibirapitanga, Boquira, Macaúbas, Brumado, Jacobina, Ipirá, Jaguaquara, Vera Cruz, Aurelino Leal, Senhor do Bonfim, Campo Formoso e Paripiranga.
Déficit
Em 2016, o estado, segundo dados da Secretaria de Administração do Estado da Bahia, possuía 6.068 funcionários na Polícia Civil, sendo 895 delegados, 4.134 investigadores e 1.039 escrivães. O déficit total de cargos é de 32,07%.
Procuradas para comentar sobre esses dados, a SSP-BA e a Polícia Civil não responderam.
Fonte: Correio
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