O estudante Sandro Lúcio Rocha, 17 anos, do 3º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Norberto Fernandes e morador da zona rural de Caculé (a 641 km de Salvador), foi premiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), nesta quarta-feira (5), em Brasília, no 29º Prêmio Jovem Cientista, que teve como temática ‘Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social’. Ele conquistou o 2º lugar, na categoria ‘Estudante do Ensino Médio’, com o projeto “Captação e uso da água da chuva no ambiente escolar através de caixa feita a partir de garrafas pet e cimento ecológico da cinza da fibra do coco”, que foi orientado pela professora Djane Alexandre Costa.
O projeto foi desenvolvido no Colégio, no âmbito do projeto Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado. A iniciativa propõe a utilização da cinza da fibra do coco para a fabricação de um reservatório de água na unidade escolar, utilizando, também garrafas pet em substituição aos tijolos tradicionais. Com isso, ao mesmo tempo em que vai captar a água da chuva para a utilização na limpeza e banheiros da unidade escolar, o projeto visa contribuir para diminuir o consumo da água potável e para o reuso de materiais recicláveis, tornando o ambiente mais saudável.
Pela premiação, Sandro Lúcio ganhou uma bolsa do CNPQ, válida por dois anos, além de um notebook. Outros dois computadores foram destinados à professora e para a escola. O estudante sobre a conquista. “É muito importante receber esse reconhecimento e a valorização do nosso trabalho em âmbito nacional. Estamos vendo a confirmação de um projeto que é real e que pode, de fato, ajudar a melhorar as condições do meio ambiente. Ouvir chamarem o nome da sua escola, cidade e Estado, com todos aplaudindo, não tem preço. Também percebemos uma grande participação de diversas unidades do Nordeste, o que me dá muito orgulho. A partir de agora, quero conseguir aperfeiçoar esse projeto e seguir na área de pesquisa, dentro do curso de Medicina que pretendo me formar”, contou Sandro Lúcio, que mora na região rural do município.
Para Djane Alexandre, a premiação mostra que não há barreiras para o ensino da ciência. “Está claro que não existe um local específico para que a ciência se desenvolva. Com oportunidade, podemos encontrar estudantes capazes de realizar grandes projetos. E nisso incluímos a escola pública que possui muitos talentos nesta área. Realmente, é uma satisfação conseguirmos essa premiação, além de interagirmos com alunos e educadores de todo o Brasil, o que promove um enriquecimento pessoal e profissional”, relatou.
Fonte: Ascom/Secretaria Educação GOV-BA
AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.