Por: Profº Agnério Souza
O Professor Antônio Benoni Giansante, de São Paulo, publicou pela Editora Rêspel Ltda um bom livro sobre: “Solução para suas dúvidas de Português”. Aproveitando as aulas, é nossa intenção publicar pelos sites de Condeúba algumas lições muito boas, com as devidas adaptações, para uso de quem escreve e de quem fala o português padrão.
Nossa primeira sessão será: Desafios do uso do hífen (alguns casos).
a) O hífen continua sendo usado na maioria dos casos: guarda-roupa, beija-flor, pé-de-meia, questão econômico-financeira, literatura luso-brasileira, vice-presidente, ponte Rio-Niteroi, recém-casado, ex-aluno, latino-americano, arco-íris, capim-açu, etc.
b) Tenhamos cuidado com prefixos, se a palavra seguinte começar com “h” , vai levar hífen: anti-herói, anti-higiênico, mini-hotel, sobre-humano, super-homem; porém antiaéreo, agroindustrial, autoestrada, autoescola, semiaberto, semianalfabeto, infraestrutura, anteontem; tudo junto porque a palavra seguinte é uma vogal; mas se for a mesma vogal vai levar o hífen: anti-imperialista, anti-inflacionário, auto-observação, contra-atacar, micro-ondas, semi-internato, anti-inflamatório, micro-ônibus. Durma com um barulho desse.
c) Quando o prefixo terminar com vogal e a palavra seguinte iniciar-se com “r” ou “s” dobram-se: antirreligioso, antissocial, biorrítimo, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, semirreta, ultrarresistente, ultrassom, biossegurança. Tudo isso por causa do novo Acordo dos países que falam o português (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Ilha dos Açores, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau) Grande novidade essa regra.
d) Se o prefixo terminar em consoante e o segundo elemento for a mesma consoante, vai usar o hífen: inter-racial, inter-regional, super-racista, super-resistente, super-romântico, porém, há palavras formadas por prefixação em que não se usa o hífen: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção, superamigo, hiperativo, anteprojeto, coprodução semicírculo, microcomputador, ultramoderno, seminovo; e outras formadas por justaposição: paraquedas, pontapé, mandachuva, girassol.
Realmente,
a nossa língua é bastante complexa, e o hífen
que não tem representação fonética, apenas um sinal gráfico, é um dos
elementos mais abusados.
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