Com a data se aproximando, o estudante começa a se preocupar com os conteúdos mais específicos que sempre são pedidos na prova ou suas deficiências em cada matéria.
Primeiramente, os professores ouvidos pela reportagem são categóricos ao dizer que é preciso que o aluno saiba ler antes de começar a fazer as contas.
Segundo o professor Sérgio Ghiu, professor de matemática do Sistema de Ensino pH, uma das maiores dificuldades dos estudantes é ler o problema e entender como traduzir aquilo que está sendo falado para uma linguagem matemática.
O aluno tem que ter uma capacidade de leitura muito boa. É um eixo cognitivo da prova como um todo.
Sérgio Ghiu, professor de matemática do Sistema de Ensino pH
Além disso, ele diz que ser preciso interpretar a informação que está sendo dada em um gráfico ou em uma tabela.
O professor Giuseppe Nobilione, coordenador de matemática do Objetivo, faz o mesmo alerta. “Quase todas as questões do Enem aparecem em forma de texto. Um texto que o examinador mesmo faz ou um texto que ele tirou de um jornal, de uma revista… É em cima daquele texto que ele complementa a pergunta que vai fazer. São sempre questões longas”, diz.
Por isso, diz ele, é necessário que o aluno tenha uma boa capacidade de leitura, caso contrário, o estudante poderá ficar muito desanimado com as questões e ser prejudicado por conta do nervosismo.
As questões do Enem podem ser de tudo o que você puder imaginar. Já apareceu uma obra de arte, por exemplo, ou apareceu uma tabela, ou uma figura qualquer. Uma vez apareceu a taça da Copa do Mundo. Pode-se abordar qualquer tipo de coisa e isso é muito positivo.
Giuseppe Nobilione, coordenador de matemática do Objetivo
E o que o estudante precisa saber para resolver essas questões? Segundo o coordenador do Objetivo, basicamente, 30% ou 40% das questões, depende apenas de conhecimentos básicos.
“É fazer operações, executar uma tarefa. Às vezes, em uma tabela, por exemplo, é só fazer uma leitura”, constata.
No entanto, existem alguns assuntos que sobressaem aos demais pela frequência com que são pedidos. Sobre isso, o professor Sérgio Ghiu diz: “O tema que mais cai é a proporcionalidade. E por que o Enem coloca muita proporcionalidade? Porque é o tema do dia a dia. É o tema da matemática do dia a dia, da matemática do mercado… é a tal da regrinha de três”.
Porém, ele faz um alerta: “Logicamente que, quando a gente fala de grandezas proporcionais, a gente não se limita àqueles probleminhas de regrinha de três. Mas tudo aquilo que envolve variações de grandeza. Então, você pode usar mapa, escala, a própria regra de três, tanto simples quanto composta. É um tema que destoa dos demais, dado que ele tem 22% do índice de questões que caíram de 2016 para cá”.
O professor Giuseppe Nobilione concorda com o colega quanto aos assuntos mais abordados no Enem serem aqueles que envolvem o cotidiano da população. “Os que aparecem com mais frequência são razões, proporções, juros, porcentagens, regra de três, um pouco de matemática financeira”, afirma.
“A segunda coisa é análise combinatória e probabilidade. A terceira coisa é geometria, explorando figuras planas ou espaciais. E, muitas vezes, são figuras do dia a dia”, diz.
Ele ressalva que o Enem trabalha com competências e não com conteúdo. “É importante entender, por exemplo, o porquê da proporcionalidade, como objeto do conhecimento, é mais cobrado. É porque as competências que envolvem esse assunto são muito grandes. Eles adoram trabalhar muito com o rendimento do carro, por exemplo. O carro faz tantos quilômetros por litro. Se você colocasse tantos litros, quantos quilômetros ele faria?”, ilustra.
Veja os 5 assuntos que mais caem em matemática:
– grandezas proporcionais (estude aqui);
– geometria plana (veja um plano de aula);
– geometria espacial (principais temas aqui);
– funções (mais aqui sobre simples e compostas);
– probabilidade (veja aqui como já caiu).
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