Por: Profº Agnério Souza
Ortografia – Parte II
Escreve-se com G
agenda | geada | gente | monge | gênio | ligeiro |
sargento | sugestão | tigela | girafa | inteligente | rugido |
gíria | virgem | vagem | prodígio | agir | gelado |
geleia | friagem | vertigem | engenho | região | gigolô |
gigante | ginásio | rigidez | gengibre | Gilberto | tangerina |
Escreve-se com J
jiló | jeito | pajé | jipe | laje | traje |
ajeitar | sujeito | sujeira | rejeição | objeção | jiboia |
canjica | jerimum | sarjeta | dejejum | dejeto | jegue |
jirau | jejuar | jequitibá | jericoense | majestade | ajeitamento |
varejista | bajeense | enjeitado | jiquitaia | jenipapo | berinjela |
Observa-se que o G “gê” ocorre junto de “é” e de “i”. Tem o mesmo som de J “ji” junto de a: jaca, junto de e: jeito, junto de i: jiló, junto de o: jogo e junto de u: jurubeba. É como se fosse ja je, ji, jo, ju. Verifica-se também que o G está na sílaba inicial: gênio, girafa; na medial: tigela, região e na final: vagem, agir. O mesmo acontece com o J: jenipapo, jibóia na posição inicial; sujeira, canjica no meio e dejejum, pajé na sílaba final.
Trata-se de um único som para os dois grupos de palavras acima, classificado como Consoante Fricativa Palatal Sonora.
O fonema / s / ocorre em palavras como:
sala | sela | sede | sinal | soda | sobre | surdo |
massa | nessa | sossego | missa | acessório | osso | tusso |
alça | dança | caçula | açúcar | almoço | açougue | açude |
cebola | alcance | alvorecer | cidade | cinema | cipó | civil |
extenso | êxtase | extensão | externo | extremo | expansão | explosão |
ascensão | nascer | florescer | crescer | adolescente | descer | consciência |
excesso | exceção | exceto | excursão | excelente | excedente | excêntrico |
Se, para o falante nativo, já é difícil empregar s, ss, ç, ce, ci, x, sc, sx todos correspondentes a um único fonema / s /, imagine para falantes das línguas alemã, inglesa, holandesa, russa, árabe, chinesa, japonesa e outras? Não se estuda a palavra isoladamente do seu contexto. Aqui, aborda-se o uso ortográfico do português em palavras com dificuldade na escrita, tendo em vista a fala usual do indivíduo. Dominar toda a escrita, só com o tempo, fazendo uso de leituras e produção textual. Estamos diante de uma Consoante Fricativa Alveolar Surda.
A leitura é a fase mais importante de todas, porque é uma decifração e decodificação da escrita, já que leitura é a realização do objetivo da escrita; afinal, quem escreve, escreve para ser lido.
Entretanto, há uma coisa interessante nisso tudo. Para o lingüista não há erro no falar nem no escrever. Isto porque ele se preocupa em fazer a transcrição fonética de um falante. Se alguém diz: “Cuma? Nois é, Nois vai” é que esse sujeito tem um dialeto diferente da norma culta. Verifica-se o lugar onde nasceu, cresceu e viveu. Como se falava naquela região, mas ao se transportar de uma região para outra, terá de se adaptar à linguagem padrão.
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