Em 2013, para cada 1.000 motoristas, 22 foram multados no bafômetro.
Lei Seca, que completou um ano, aumentou a multa e ampliou provas.
No período de um ano, a Polícia Rodoviária Federal registrou queda na taxa de motoristas multados em rodovias federais por suspeita de embriaguez. Conforme balanço obtido pelo Jornal Nacional, em 2012, de cada 1.000 condutores parados nas blitzen, 38,4 foram multados. Em 2013, 22,1 foram pegos para cada 1.000 fiscalizados.
A mudança se deu após o endurecimento da Lei Seca, que pune quem dirige sob efeito de álcool. Em dezembro de 2012, a multa foi dobrada e saltou de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. Além disso, além do bafômetro e do exame de sangue, passaram a ser válidos para constatar a embriaguez o exame clínico, perícia, vídeo e prova testemunhal.
No total, em 2012, os agentes federais multaram 25.051 motoristas por suspeita de embriaguez. Em 2013, foram multados 33.625. A taxa caiu porque a fiscalização mais que dobrou: o número de testes realizados com o bafômetro passou de 648.291 para 1.518.321.
Durante o período das festas de fim de ano, também caiu o número de acidentes nas rodovias federais. Segundo os números da PRF, os acidentes caíram 10% de 20 de dezembro a 1º de janeiro, diminuindo de 7.407 para 6.651.
O número de mortes registradas também foi menor. No Natal e réveillon do ano passado, 420 pessoas morreram nas rodovias federais. Neste ano, foram 379 mortes. A maior causa de mortes foram as colisões frontais, que resultaram em 83 vítimas fatais.
Para Stênio Pires, coordenador-geral de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a redução das mortes foi um resultado do aumento das fiscalização, do planejamento, e da Lei Seca.
“Não existe um único fator que contribuiu para a redução de acidentes. O trânsito é sempre complexo”, justificou.
Em 2013, a Polícia Rodoviária Federal identificou os 100 trechos com mais acidentes fatais e intensificou a fiscalização nesses pontos, coordenando esforços federais, estaduais e municipais. Essa operação recebeu o nome de Operação Rodovida.
Lei Seca
No período da operação de final de ano nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal multou 1.697 motoristas que beberam antes de dirigir. Desses, 461 foram presos por conduzirem com mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou por terem se recusado a soprar o bafômetro, apesar de apresentar sinais de embriaguez.
Segundo a PRF, 42% das prisões foram feitas por recusa do motorista em soprar o bafômetro.
A maioria das multas aplicadas pela PRF foram por ultrapassagem em locais proibidos. Foram 7.007 autuações, que representaram 20,66% do total.
“O tipo de acidente que mais mata nas estradas é a colisão frontal, causada por ultrapassagens em locais proibidos, por isso orientamos os nossos efetivos a fiscalizar com bastante rigor essa infração”, afirmou Pires.
O segundo tipo de infração que mais gerou multas foi dirigir carro não licenciado. Foram 2493 autuações desse tipo, 7,35% do total. As multas para motoristas não habilitados foram 1921 casos, 5,67% do total.
Acidentes por estado
Minas Gerais, estado com a maior malha rodoviária do país, registrou o maior número de acidentes, 1.102 acidentes. Em segundo lugar aparece Santa Catarina, com 751 acidentes, e depois o Paraná, com 750.
Minas Gerais foi o estado também com o maior número de mortos, com 64 vítimas fatais. Apesar de não ser um estado com a maior concentração de acidentes, a Bahia foi o segundo com o maior número de mortos, 43.
“A Bahia tem apenas pouco mais de 200 quilômetros de rodovias duplicadas, o que resulta em um percentual maior de colisões frontais”, disse Pires.
No Distrito Federal aumentou em 114% a quantidade de mortos nesse período. No final de 2012 haviam sido 7. Já em 2013, foram 15. De acordo com Pires, a causa foi o aumento no fluxo de veículos saindo de Brasília, combinado com a chuva.
Outro estado que teve aumento no número de mortos foi São Paulo. Apesar de ter havido redução no número de acidentes (caiu de 540 para 446) e de feridos (reduziu de 258 para 194), o acidente na Régis Bittencourt com um ônibus que ia de Curitiba para o Rio de Janeiro contribuiu para o aumento na estatística.
O acidente aconteceu próximo à cidade de São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo e deixou 16 mortos.
Fonte: G1
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