O governo da Bahia mais uma vez manterá o estado fora do horário brasileiro de verão, que tem início no próximo dia 19 de outubro. A informação é da assessoria de comunicação do governo baiano. A medida vai de encontro ao desejo de pelo menos três federações do estado: Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (Fecomércio-BA), Federação da Agricultura e Pecuária (Faeb) e Federação das Indústrias (Fieb), que, em conjunto, enviaram uma carta ao governador pedindo a adesão ao horário.
As federações apontaram como razões a sincronia com os estados do Sul e Sudeste, importantes parceiros comerciais; melhoria na segurança; e impulso ao desempenho dos setores de turismo, lazer, comércio e serviços. A reportagem tentou contato com os presidentes das federações, mas não obteve êxito.
Na avaliação do presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), Gustavo Pessoti, que já fez cálculos tanto do impacto do horário de verão no PIB estadual quanto da relação dele com a economia energética, a mudança não possui impacto nas atividades econômicas da Bahia nem na redução do consumo energético, sendo o seu efeito mais “psicológico”. Pessoti acredita que a decisão do governo tem motivação, também, na desaprovação da população baiana ao horário.
Mas, apesar de refutar os argumentos apresentados pelas federações, o economista concorda que há benefícios para o turismo local, embora ressalte que o horário de verão é incapaz de gerar uma mudança radical no comportamento do consumidor. “A Bahia é, naturalmente, um estado turístico e isso prolonga o verão. Há pequenas situações que levam ao consumo, e os bares e restaurantes se beneficiam disso”, avalia.
Fonte: Atarde
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