Os servidores aceitaram a proposta de aumento do governo: 10,8%. Uma parte será paga em agosto do ano que vem e outra em janeiro de 2017. Além da Bahia, a situação já está definida nos estados do AC, AL, AM, AP, PE, PI, SE e SP. Em CE, MS e SC.
Com o fim da mobilização, a categoria na Bahia deve retomar as atividades na terça-feira (29/9), após assinatura de acordo com o governo, que deve acontecer na segunda-feira (28/9).
“Se o governo não cumprir o acordo, a gente retorna [para a greve]. A assinatura do acordo vai ser na segunda-feira (28/9) e os servidores voltam ao trabalho na terça [29], após a assinatura. O acordo prevê tudo o que foi pedido na greve, mas, mesmo após a assinatura, continuamos com a greve suspensa porque tem muita coisa em aberto, como a reestruturação de carreira”, informou Ricardo Sampaio.
Além dos servidores administrativos, os peritos do INSS também estão em greve em todo o país. A paralisação começou no dia 4 de setembro e, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos em Previdência Social, ainda não há previsão de fim do movimento. A greve dos médicos do INSS na Bahia afeta 95% das perícias no estado.
Greve
A última assembleia dos servidores foi realizada na sexta-feira (18/9), quando a categoria decidiu manter a paralisação. De acordo com estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Estado da Bahia (Sindprev-BA), 92% dos servidores aderiram ao movimento.
Das 133 agências no estado, cerca de 70 ficaram fechadas, segundo o sindicato. Todas as sete gerências do estado, localizadas em Salvador, Vitória da Conquista, Barreiras, Juazeiro, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Itabuna, também estavam paradas.
Os servidores da previdência reivindicavam o reajuste salarial de 27,3%, o mesmo pedido pela categoria que integram, de servidores públicos federais.
Ainda segundo o Sindprev-BA, também eram pleiteadas melhores condições de trabalho para os servidores, como a mudança no sistema nacional que determina tempo limite para atendimento.
O Sindprev-BA afirma ainda que a categoria solicitou que o servidor, antes de ser punido por algum benefício concedido erroneamente, seja investigado por meio de abertura de um processo administrativo. Segundo o sindicato, atualmente os profissionais do INSS são penalizados sem qualquer investigação por parte do órgão.
O sindicato informou que o Governo Federal se comprometeu a reverter as duas medidas e chegou a formalizar a promessa com a categoria, contudo ainda não houve acordo com relação ao reajuste salarial.
Durante a paralisação, o INSS também afirmou ter empreendido esforços para orientar as unidades e a Central de Teleatendimento 135, para reagendamento de serviços dos segurados que não são atendidos devido ao movimento de paralisação. O reagendamento poderia ser realizado pelo telefone, com exceção de alguns casos, que precisavam aguardar o fim da greve.
Fonte: Tribuna da Bahia
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