Por: Profº Agnério
O mês de junho já é conhecido no Brasil inteiro pelas tradicionais festas juninas: Santo Antônio, São João e São Pedro. Em Condeúba, mesmo com a contenção de despesas, perante o flagelo da seca, foi possível promover animado São João com muita alegria e contentamento pela Prefeitura Municipal, neste último ano do Prefeito Odílio Silveira.
Porém, deixando as tradições folclóricas de lado, falemos de festas religiosas. A primeira delas foi o Santo Antônio de Pádua, Padroeiro de Condeúba, comemorada entre os dias 1º a 13 de junho. Este ano, ficaram encarregados dos festejos a Pastoral da Juventude, tendo Eleonissom como Coordenador e a RCC cujo Coordenador é Jairo Ribeiro. Teve como tema geral: “Santidade, buscar e caminhar com Deus nos dias de hoje”. Realizou-se o trezenário com muitas celebrações eucarísticas e também com bastante animação, quermesses e shows; procurando resgatar assim, momentos inesquecíveis da nossa história, principalmente do Padroeiro que vem sendo celebrada há 260 anos, cuja primeira festa aconteceu no dia 13 de Junho de 1752.
Todos esses movimentos servem também para angariar recursos financeiros para nossa paróquia que vai enfrentar grande despesa na reforma da igreja matriz. Pelo trabalho, esforço e dedicação dos festeiros deste ano, espera-se uma boa renda.
A festinha de São João Batista fora realizada entre os folguedos do São Pedro e a Convenção partidária do PMDB que homologou os nomes de Toinho Terêncio e Elita de Sula para prefeito e vice-prefeita no próximo pleito. Mesmo assim, os devotos do santo compareceram à capela, construída em 1854, para venerar o precursor de Cristo e ouvir a Palavra de Deus. A capelinha tem seus atrativos tradicionais que fazem acontecer a festinha, celebrada há muitos anos. O tema discorreu sobre; “Nossa Diocese celebra 100 anos de fé e missão amada nas terras sagradas do sertão”. Embora não houvesse grande público, tornou-se brilhante pela temática apresentada e beleza ornamental do meio ambiente, em especial a presença dos irmãos da Irmandade do Santíssimo, festeiros, e pelos fiéis fervorosos que lá compareceram. A festa rendeu R$ 1.433,00 para uma despesa de R$ 427,00, ficando saldo positivo para a igreja de R$ 1.006,00 o qual deixou os festeiros satisfeitos. Os mesmos estão agradecidos a Deus e ao povo que em muito os ajudaram.
Mal terminou o mês de junho, recebemos com júbilo a imagem peregrina de Senhora Santana, Padroeira da Diocese de Caetité e uma réplica da Cruz de Cristo da Jornada Mundial da Juventude a realizar-se no Rio de Janeiro no próximo ano.
A visita de Senhora Santana faz parte dos festejos que a Diocese está programando para comemorar 100 anos de fé e missão amada nas terras sagradas do sertão, em 2013. A santa ficou em Condeúba no período de 06 a 13 de Julho deste ano, com uma programação especial, preparada pela Paróquia, constante de orações das laudes, reza do terço, vésperas, missas, visitas a comunidades rurais e caminhadas.
No planejamento do centenário, revê-se a história da Diocese e também das paróquias em número de trinta e três espalhadas por trinta e cinco municípios baianos com sede em Caetité.
A passagem de oito bispos: Dom Raimundo Manuel de Melo (1915-1925), Dom Juvêncio de Brito (1927-1946), Dom José Terceiro de Souza (1948-1955), Dom José Pedro Costa (1957-l969), Dom Frei Silvério J. Paula de Albuquerque (1970-1974), Dom Eliseu Maria Gomes de Oliveira (1974-1980), Dom Antonio Alberto G. Resende (1982-2003) e Dom Ricardo G. Brusati marcam momentos históricos, culturais, religiosos, sociais e empreendedores importantíssimos na vida da Diocese e das comunidades. Os ensinamentos episcopais fazem parte da vida do povo, na vontade de crescer na fé, na determinação em trabalhar para ver o reino de Deus acessível a todos, baseado na prosperidade, partilha, compromisso, por um sertão mais justo e fraterno.
Ao lado dos bispos diocesanos, nossa Paróquia já passou por doze padres residentes: Belarmino Silvestre Torres (1858-1896), João Gualberto de Magalhães (1895-1919), Waldemar Moreira da Cunha (1921-1966), Aquino Westchest (1966-1967), Homero Leite Meira 1968-1978), Adhemar Neves e Itamar A. Pereira (1979-1981), Paulo V. Âmbar (1983-1984), Odilon Barbosa (1984-1985), Ticiano G. Crepaldi (1986-1995), Vicente Cerutti (1995-2005) e Giuliano Zattarin (2005…). A marca vivencial e profética deixada por eles é bem profunda e enraizada no seio de nossas famílias e de nossas vidas.
A visita de Santana nos deixa um legado positivo de crescimento espiritual e de compromisso com os mais carentes de nossa sociedade. As experiências doutrinárias de Padre Paulo Henrique e do Seminarista José Rocha, que acompanham os dois símbolos pela Diocese, ao chegarem aqui, juntamente com Padre Giuliano, irmãs da Redenção, movimentos, grupos e pastorais fizeram abrilhantar, magnificamente, a estadia em nossa cidade da mãe da Mãe e nos fazer sentir que vale a pena comemorar esse grande evento de 100 anos de existência e caminhada de nossa Diocese.
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2 Comentários
Admirável Agnério! Você faz parte da história dessa cidade. Obrigado por relembrar que ainda existem tradições em nossa querida Condeúba. Lembro-me bem dessas festas religiosas que perduram e hão de se perpetuar, apesar de tudo. Ainda espero a resenha da próxima festa, a de agosto, na Rua do Areão (hoje Alphaville, segundo Beto Cuia).
Parabéns pelo texto, pela lição de história e pelo cuidado com a informação. Abraços.
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Querido Aderbal
Embora eu não o conheça ou se o conheço não estou lembrado, agradeço-lhe de coração a sua gentileza em falar do meu texto. Não sou jornalista nem professor de História, porém sou professor de Língua Portuguesa, Literatura e Redação já aposentado. A história de Condeúba me fascina e aqui ainda tem muito campo a ser explorado. Muito obrigado. Meu e-mail é guinasprof@yahoo.com.br