Na manhã de hoje (quarta-feira), dia Internacional da Mulher, movimentos sociais de Vitória da Conquista foram às ruas em protesto. Trata-se da Marcha de Mulheres pelos Direitos Sociais, Políticos e Trabalhistas: contra o machismo e todas as formas de violência.
A caminhada saiu do centro da cidade em direção a agência central do INSS.. A Marcha tem como pauta a luta contra o governo de Michel Temer, as reformas da Previdência e Trabalhista e todas as formas de violência e opressão.
A data é marcada por uma greve internacional e conclama um feminismo voltado para 99% das mulheres. O chamado, realizado por movimentos feministas de mais de 30 países, visa internacionalizar as lutas em defesa dos direitos reprodutivos e trabalhistas, contra a precarização, a desigualdade social, a homofobia e a transfobia.
A marcha é organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiar (Fetag-BA), Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Por Direitos (MTD), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central das Associações de Agricultoras e Agricultores, União de Mulheres, Marcha das Margaridas, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Marcha Mundial das Mulheres, Feministas Negras da D. Dió, Coletivo Labrys Cultural, DCE Uesb-Vitória da Conquista, União da juventude Comunista (UJC), Levante Popular da Juventude, União da Juventude Socialista (UJS), Associação Cultural de Agentes de Pastoral Negros (APNs), Fundação Conquistense Edivanda Maria Teixeira, Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial – Uesb (Nedet).
Mulheres serão as mais prejudicadas
Segundo a organização do movimento, com a aprovação da Contrarreforma Trabalhista, as mulheres terão suas condições de vida ainda mais precarizadas. Além de continuar convivendo com as jornadas triplas, terão que conciliá-la com o aumento da carga-horária de trabalho, descontos não previstos em lei no salário das funcionárias domésticas e prevalência dos acordos coletivos sobre a legislação.
“A Contrarreforma da Previdência impõe os mesmos requisitos para homens e mulheres se aposentarem, 65 anos de idade e 25 anos de contribuição. A proposta nega o caráter machista da sociedade que impõe às mulheres o cuidado quase exclusivo com a família e sérias dificuldades para ingressar no mercado formal de trabalho. Benefícios serão desvinculados do salário mínimo, pensões por morte reduzidas pela metade com acréscimo de 10% por dependentes e critérios para aposentadoria dos trabalhadores do campo serão modificados. Com a expectativa de vida inferior a 65 anos em alguns estados, trabalhadoras e trabalhadores poderão morrer sem se aposenta”, diz a nota oficial do movimento.
Fonte: Blog do Rodrigo Ferraz
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