Em meio ao contexto de distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus, exercitar a empatia tem sido uma atitude valiosa. E foi a sensibilidade com as pessoas ao redor que mobilizou estudantes do Colégio Estadual do Rio do Antônio, município da Bahia, depois de serem insultadas em um vídeo criado por um perfil fake nas mídias sociais. As estudantes desenvolveram o projeto “EmpoderaRio”, com o objetivo de criar empatia e valorizar as mulheres da cidade. A iniciativa foi finalista no Desafio Criativos da Escola de 2019, organizado pelo programa Criativos da Escola do Instituto Alana.
Depois de descobrirem a existência do perfil falso na internet e ficarem intrigadas com o vídeo que circulou por toda a cidade, as estudantes passaram a refletir, em sala de aula, sobre temas como feminicídio, a percepção da mulher como “sexo frágil” e seus direitos. Elas revisaram obras literárias sobre o meio feminino, que mostram a ascensão da mulher e todas as barreiras enfrentadas até os dias de hoje. Para entenderem um pouco mais sobre o tema, as estudantes conversaram, ainda, com algumas mulheres idosas da região e perceberam que diversas histórias contadas por elas poderiam contribuir com a sociedade. Com isso, tiveram a ideia de criar uma página noInstagram para propagar o que ouviram e as impressões que ficaram desse primeiro encontro.
Depois de postarem as histórias nas mídias sociais, as estudantes viram que muitas pessoas da cidade de Rio do Antônio demonstraram interesse em saber mais sobre o tema, questionando sobre as narrativas e esperando por novos textos. Elas expandiram seu conteúdo, passaram a falar sobre as mulheres negras, adolescentes, plus size, e também fizeram palestras em escolas e em um evento aberto com stands de beleza, teatro e música. O projeto vem possibilitando reconstruções e quebra de preconceitos. As alunas aprenderam a valorizar quem são e a questionar sobre o que querem para o meio feminino e a vida em sociedade.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.
Fonte: 2PRÓ Comunicação
AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.