Por: Leandro Flores
De sandália no pé, bermuda e camiseta estilo surfista (um típico baiano) e uma mochila pesada nas costas sem lenço e com documento, claro, eu vou… ou melhor: eu fui. Fui – POR QUE NÃO? – visitar a capital da minha Bahia, Salvador, esse final de Semana, dia oito do seis (véspera ao dia dos namorados). São tantos complementos, não é? Mas foi um acontecimento marcante, primeiro porque fazia tempo que eu não ia a minha querida Salvador, e depois porque pretendia participar de um encontro mais que especial…
FALA ESCRITOR!!! Isso soa quase como uma ORDEM para que eu diga tudo que me aconteceu durante essa viagem para lá de sensacional. Mas não vou dizer tudo, até porque o “tudo” não seria o bastante para descrever o meu encanto por aquela cidade, por aquelas pessoas, por aquele momento. A Bahia é realmente fascinante. Salvador é a cidade das artes, da concentração de raça, da miscigenação, da poesia, do turismo, da boa comida. Pena que nem todo baiano conhece sua Bahia, como deveria!
Mas posso dizer que valeu a pena ter viajado quase setecentos (700 km) quilômetros, enfrentado os problemas operacionais da empresa de transporte “Novo Horizonte” e meus horários irregulares de agendamento, que consistiram em chegar à rodoviária (cedo demais), às 5h da manhã, ir para o hotel, reservado somente às 14h, único horário que encontrei disponível, e ainda por cima, sobrar um tempinho para fazer alguma coisa que precisava naquele momento, como colocar uma carta no correio e outras “coisitas” mais…
Enfim…
Tirando tudo isso, o restante, o que viria depois, ocorreu tudo ou quase tudo dentro da normalidade. Hotel bem localizado, aconchegante, sol e calor, clima bem propicio para ir à praia, tomar uma água de coco, ligar para os amigos, ou até mesmo ficar no hotel e tomar um banho de piscina, assistir TV ou tirar uma soneca para descansar da viagem para lá de cansativa. E foi o que fiz, afinal ainda era sábado e eu pretendia ficar até o domingo. Portanto ainda tinha tempo para curtir Salvador mais um pouco.
Fala Escritor…
No Shopping Iguatemi, no espaço Glauber Rocha, acontecia, às 18h, o Projeto Fala Escritor, um evento que reúne mensalmente artistas independentes e personalidades para discutir, fomentar, ensinar, falar, dividir, ouvir, descrever, viver a arte e todo esse universo da escrita, sempre com os melhores cardápios de escritores e personalidades. É um espaço onde realmente a gente se sente a vontade para “digerir” todo conteúdo artístico/cultural e se encontrar como poeta, como escritor, como artista, ou simplesmente para se ouvir uma boa prosa, uma boa música. Um causo. Ri demais. Aprendi muito. Os olhos brilhavam de tanta emoção. Era a segunda vez que participava do Fala Escritor. Cada mês, um assunto diferente. E dessa vez, o tema não podia ser melhor. Aproveitando ao clima do dia dos namorados, falaríamos sobre o amor, olha só que maravilha, sobre sexo, paixão, enfim. A noite foi bastante divertida, ótimas poesias, bons recitais, muitos aplausos e risos. O clima de romance estava no ar… Flechas, cupidos, poemas, convites, música e mais brilhos nos olhos. O melhor ainda estava por vir…
No domingo, um bom café da manhã para começar o dia, depois, cinema, praia – precisava ver o mar – um passeio no shopping lotado (o filme ficou para mais tarde, mas aconteceu, lógico). E em um lugar para lá de especial, no Aeroclube Plaza Show, um shopping que está em processo de demolição, mas ainda encanta pela sua localização e importância.
Enfim, esse foi o meu passeio na cidade “arretada” de Salvador. É claro que não contei nem metade dessa minha aventura. Mas… FALA ESCRITOR!
Posso afirmar que tudo, aquele “tudo” descrito no começo do texto, hoje é reflexo de muita saudade e promessas para novos encontros, novas comemorações, novas visitas, quem sabe, novas poesias…
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