A mudança do clima pode transformar o semiárido nordestino em região árida nas próximas décadas. As regiões costeiras serão impactadas pelo aumento do nível do mar – os riscos são de prejuízos estruturais a cidades litorâneas incluindo portos e obras de saneamento. Existe a chance de a água salgada invadir os aquíferos. O Brasil pode reduzir seu potencial de pesca em 6% nos próximos 40 anos e perder 11 milhões de hectares de terra adequadas à agricultura até 2030, o que colocaria em risco a produção de alimentos no Brasil. O aquecimento global pode aumentar a desigualdade entre ricos e pobres no Brasil. Estas são as principais mensagens do estudo sobre “Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação” à mudança do clima produzido pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e divulgado nesta sexta-feira, 25, no Rio de Janeiro. “Duas regiões poderão ser mais atingidas: toda a área correspondente ao agreste nordestino, hoje responsável pela maior parte da produção regional de milho, e a região dos cerrados nordestinos, como sul do Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia”, avisa o estudo. “No Nordeste, a população carente sofrerá ainda mais com a seca. Não só não resolvemos o passivo histórico naquela região como as coisas irão se agravar ainda mais”, diz Suzana Kahn. “A tendência é de aumentar a migração para áreas urbanas, que não têm como suportar mais demandas, e o campo se esvaziando.” Informações Valor Econômico.
AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.