Último debate antes do 1º turno é marcado por tensão entre candidatos a presidente

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Foto: Alexandre Durão/ G1

O último debate entre presidenciáveis antes do primeiro turno das eleições, realizado pela Rede Globo nesta quinta-feira (3), foi tenso e repleto de confrontos. Os atritos envolveram os candidatos Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), que ocupam os primeiros lugares nas pesquisas de intenção de voto, e também os de partidos chamados “nanicos”, Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC). Em todos os blocos do debate, que durou duas horas e meia, eles fizeram perguntas entre si, com tema livre (dois blocos) e com temas definidos por sorteio (outros dois). A cada pergunta, um deles se levantava da cadeira, se dirigia até o centro do palco e chamava o adversário que queria questionar. Marina Silva chegou a discutir com Dilma fora do ar, após o encerramento do tempo de uma das etapas, depois de a presidente ter afirmado que o diretor de Fiscalização do Ibama durante a gestão da candidata do PSB no Ministério do Meio Ambiente foi “afastado no meu governo por crime de desvio de recursos”. Marina respondeu dizendo que a adversária fala “de forma toda atrapalhada” e continuou a discutir com Dilma mesmo após o som do microfone ser cortado. A candidata do PSB também se confrontar com a presidente quando o tema foi Banco Central. Dilma disse que a adversária confunde “autonomia” com “independência” do BC. “Independência do Banco Central é dar um quarto poder para os bancos”, disse. “Está falando a Dilma das eleições e não a Dilma das convicções, que, por não ter experiência política, confunde os poderes. Autonomia do BC é para evitar que a inflação cresça como está acontecendo no seu governo”, rebateu Marina.

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“Quer dizer que uma pessoa que não fez carreira política não pode ser presidente?”, reagiu Dilma. Durante o debate, Marina propôs a criação de um 13º salário para os beneficiários do programa Bolsa Família. Outro embate tenso foi entre Luciana e Aécio, após a candidata do PSOL ter comparado PT e PSDB e afirmado que os tucanos deram origem ao escândalo do mensalão. “Você faz o seu espetáculo sem a menor conexão com a realidade”, disse Aécio. “Quem não tem conexão com a realidade é você, que anda de jatinho […]. Tu és tão fanático da privatização que fez aeroporto e entregou as chaves para o seu tio”, replicou Luciana. “Você não seja leviana, você está aqui como candidata a presidente”, disse Aécio, com dedo em riste, ao que Luciana retrucou: “Você não levante a mão para mim”. O candidato Levy Fidelix teve novo confrontos com a postulante do PSOL e Eduardo Jorge. Luciana lembrou as declarações de Levy contra homossexuais do último debate. “Tu apavorou, chocou, ofendeu e humilhou milhares de pessoas com o teu discurso homofóbico”, disse a socialista. “Não estimulei nada, mentira sua. Tenho meu direito de expressar minha posição cristã”, reagiu Levy. Já candidato do PV disse que o do PRTB “extrapolou todos os limites” e tinha de pedir perdão. “Você não tem moral nenhuma para me falar disso. O senhor propõe que o jovem use maconha, faz apologia ao crime”, disse, em referência ao aborto. “Nós vamos nos encontrar na Justiça quando o MP abrir um processo e estaremos lá como testemunhas”, afirmou Jorge. “Vire sua boca para lá”, rebateu Fidelix.

Fonte: Bahia Notícias

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