Por: Sergio Silva

Sinto que morro jovem por uma dose a mais,

um vicio contraído ou um punhal cravado de amor traído

Quero tempo pra um gole de cerveja no seu corpo,

saciar meu coração selvagem e matar sua fome

Tenho pressa de viver,

queres correr perigo? Venha viver comigo

Tenho um coração frágil,

cansado pelo peso da minha cabeça

Quero encostar nos teus seios

e fazer do teu colo meu abrigo

Tenho alguns anos de sonhos e desespero,

cansado com filosofias de amor fulero

Preciso desse seu jeito de me olhar,

pequenos instantes pra poder me apaixonar

Quero um bilhete só de ida,

pegar trilhos da esperança já esquecida

Reserva um beijo pra mim,

que vou conquistar um tempo,

e andar caminho errado,

simplesmente pela felicidade de te ter

O mundo inteiro estacionado numa frase de efeito,

mais te quero do meu jeito

Tenha cuidado, meu coração e como um beijo de novela,

é frágil como um vidro

Não precisa me dizer das magoas do seu peito,

pois bate aí meu coração

Você sempre triste em silêncio,

juntando fragmentos do que restou de um amor passado,

vivido e sofrido em quartos de alugueis

Caso de um romance mal amado

em camas de motéis

onde tudo foi perfeito naquela hora

agora só resta miragem de abandono desse cais

pois o passado é uma roupa que não serve mais