Luto – Morre Luciano em Condeúba

Por: Décio Pereira

“Todos vamos morrer um dia.” – “Todo mundo morrerá um dia.” – “A única coisa certa na vida é a morte…” Todos estamos cansados de ouvir e saber desse papo de morte.

Agora, também é verdade que algumas mortes causam maior comoção. Não falo de pessoas famosas ou populares, falo de pessoas que passam por essa vida e deixam, quando se vão, uma lacuna maior, mais comovente. Todo mundo morre um dia, mas cada morte, por mais igual que seja, é diferente. Toca-nos, de maneira ímpar e deixa em nós uma indescritível sensação de perda.

Domingo dia 05/08, deixou-nos nosso bom amigo Luciano. Nunca soube qual seu sobrenome, também não procurei saber para escrever este texto, eu só queria escrever para externar minha tristeza pela partida de meu amigo Luciano, popular “Bufa torta”. Não, não é porque ele morreu que seu nome mudou ou que ele precisa ser venerado como santo intocável. Não, Luciano morreu e como nós haveremos de morrer: cheios de defeitos. Mas também, com algumas virtudes e, com “Bufa torta” não foi diferente. Quem teve o privilégio de conhecer e conviver com ele, experimentou o sorriso meio sem jeito de um cara de ótimo coração. Bebia e até pedia, mas quando tinha, queria e fazia questão de doar, de dizer “toma qualquer coisa aí “…tenho dois filhos, assíduos frequentadores dos bares da vida e o mais velho me disse: “capricha meu pai na homenagem, ele merece, porque era um homem de bom coração”.

“Todos vamos morrer um dia. De susto, de bala ou vício…” Mas nem todos vamos deixar na memória dos que ficarem, essa sensação ruim de que alguém nosso nos deixou para sempre fazendo falta. Luciano, nosso “Bufa torta”, se foi sem avisar em um domingo, o dia que ele mais gostava, deixando em nós que nem sabíamos que gostávamos tanto dele, uma gastura no peito, uma coisa ruim que por certo vai passar, o que de certo não passará será a ausência de suas brincadeiras, que para cada um era diferente.

Caro Amigo Luciano, até breve parceiro. A gente se vê noutros bares, noutras vidas, noutras esquinas. Vá em paz meu irmão!

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