Ranking de 2018 sobre menosprezo ao professor – Brasil fica em 1º lugar

Uma pesquisa feita com 35 Países o Brasil fica em primeiro lugar, como o país que menos valoriza professores. O ranking mostra desgaste de professores e salas de aula lotadas, as escolas públicas chega a ter mais de 40 alunos para cada professor, o problema se arrasta do ensino fundamental ao ensino médio.

Os problemas e menosprezo aos professores não é de agora, em 2015 concedi uma entrevista ao Programa Nacional Jovem, da Rádio Nacional da Amazônia em Brasília. Falando sobre o Estresse e falta de preparo psicológico dos professores. Ser professor é uma das profissões que mais sofrem estresse. Na entrevista, como Matemático, Pedagogo e psicopedagogo, apontei as principais causas deste estresse e também dei dicas para os professores aprenderem a lidar e prevenir quanto a este problema.

Ouça a entrevista na íntegra no link: https://soundcloud.com/valdivino-sousa-350294752

O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda à sexta-feira das 14:00 às 15:00 hs. O programa é ouvido nos 26 Estados Brasileiros e principalmente em Brasília-DF, onde situa a emissora,  fui entrevistado pelo apresentador e Jornalista Murilo Carvalho.

O Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa. Foto: Instagran /Divulgação

O professor está entre os profissionais que mais sofrem estresse. Para fins de aplicação prática, define-se estresse como a ruptura no todo do equilíbrio existencial do indivíduo, proveniente do trabalho, vida familiar etc., com reflexos nos sistemas fisiológico, psíquico e das relações sociais.

O que mais caracteriza este estresse são: classes com muitos alunos; trabalhar com alunos desinteressados pelas atividades de classe; achar que alguns alunos indisciplinados ocupam demais meu tempo em prejuízo dos outros; sentir que há falta de apoio dos pais para resolver problemas de indisciplina; ter alunos na classe que conversam ou brincam o tempo todo; trabalhar com uma classe onde as capacidades dos alunos são muito diferentes entre si.

Durante a entrevista, falo da importância do preparo psicológico do professor, pois é de suma importância ter conhecimento de psicologia da educação, psicologia geral e relacionamento interpessoal para poder lidar com os problemas encontrados em sala de aula.

Assim, considerando que a indisciplina do aluno pode se manifestar através de atitudes como: “falar ao mesmo tempo em que o professor, atrapalhando as aulas, responder com grosserias, brigar com os outros alunos ou mesmo entre professor e aluno, bagunçar, ser desobediente e não fazer as tarefas escolares”.

A entrevista termina, com uma super dica para o professor não se  estressar e aprender a prevenir contra este mal, conhecendo melhor o problema de cada aluno. Por exemplo, saber identificar se tal aluno indisciplinado tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) entre outros problemas.

O Brasil possui um dos maiores números de alunos por sala de aula no ensino médio entre mais de 60 países analisados no estudo Políticas Eficazes para Professores: Compreensões do PISA, publicado nesta segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 Como é nos países avançados?

Na China, é um país mais populoso do mundo, há apenas 12 alunos por professor.”Classes menores são frequentemente vistas como benéficas porque elas permitem que o professor se focalize mais nas necessidades individuais dos estudantes”, diz o estudo.

Segundo a OCDE, é preciso reduzir o tamanho da sala de aula e aliviar a carga horária de ensino do professor, ampliando dessa forma o tempo que eles passa preparando aulas, em orientação pedagógica (tutoria) ou atividades de desenvolvimento profissional. E, para isso, uma solução seria aumentar o número de professores.

“Os sistemas de educação precisam determinar quantos professores são necessários para oferecer uma educação adequada para seus estudantes”, diz a OCDE.

No Brasil, problemas de salas de aula lotadas, jornadas duplas de trabalho, com carga horária excessiva, são enfrentados por muitos professores e provocam desgastes em relação à profissão.

O PISA é realizado com jovens na faixa de 15 anos, o que corresponde ao primeiro ano do ensino médio.

O estudo Políticas Eficazes para Professores diz ainda que a maioria dos países do PISA tem alocado mais professores a escolas consideradas desfavorecidas – onde há mais alunos com condições socioeconômicas mais baixas – para compensar as desvantagens na comparação com escolas onde estudantes têm mais poder aquisitivo.

Mas isso nem sempre resulta em melhor qualidade do ensino, diz a OCDE. Isso porque, geralmente, “professores nas escolas mais desfavorecidas são menos qualificados e têm menos experiência” do que nas instituições com condições superiores, ressalta a organização.

Na prática, diz a organização, os efeitos positivos de aumentar o número de professores nas escolas desfavorecidas são minados se não for levada em conta a questão da qualidade do professor.

“Os estudos têm mostrado que investimentos na quantidade de professores são geralmente feitos em detrimento da qualidade do ensino”, ressalta a OCDE.

“Estudos revelam que professores com qualificações mais fracas são mais propensos a ensinar em escolas desfavorecidas, o que pode levar a um potencial menor de oportunidades educacionais para estudantes dessas escolas”, afirma o documento.

A falta de especialização na disciplina

O estudo, que enfatiza a importância do ensino de alta qualidade para reduzir as desigualdades sociais, também revela que apenas 29% dos professores de ciências no Brasil têm especialização na área.

Em países como a Finlândia, que estão entre os que apresentaram os melhores resultados do teste do PISA na área de ciências, a proporção de professores especializados nessa disciplina nas escolas públicas do país é 83%.

“Alguns estudos têm mostrado que alunos que aprendem com professores com formação específica em uma área têm melhores performances na disciplina”, afirma a OCDE.

“Quanto maior a diferença de qualificação dos professores de ciências entre escolas desfavorecidas e favorecidas, maior também é a diferença da performance em ciências entre estudantes na base e no topo do status socioeconômico.”

Outro Problema no sistema

 “No Brasil, professores não especializados em ciências em escolas desfavorecidas ensinam assuntos que não estavam incluídos em sua formação ou programa de qualificação com mais frequência do que professores não especializados em escolas favorecidas.”

O estudo específico sobre países ibero-americanos também nota que a demanda por professores aumentou na região devido ao rápido crescimento do número de estudantes matriculados, sobretudo na América Latina, em razão de um maior acesso à educação.

Em resposta à essa demanda, “os requisitos para ingressar na profissão docente foram reduzidos”, afirma o documento.

Isso fez com que a profissão começasse a ser desvalorizada, vista como um ofício de poucas exigências e baixa qualificação, acrescenta a organização.

No Brasil, apenas pouco mais de 10% dos professores acham que a profissão é valorizada pela sociedade.

Entre 2003 e 2015, mais de 493 mil novos alunos no Brasil foram somados ao total da população estudantil de 15 anos, um aumento de 21%.

A expansão das matrículas, diz a OCDE, se deve a melhoras na capacidade para manter os alunos no sistema de ensino à medida que eles progridem a níveis superiores.

Instagran: Luiz Flávio Gomes (@professorlfg)

O Professor Luiz Flávio Gomes, eleito a Candidato a Deputado Federal por São Paulo, criador do Movimento Quero Um Brasil Ético, Professor, Jurista, Doutor em Direito Penal pela Universidade Complutense de Madrid e Mestre em Direito Penal pela USP. Comentou em seu canal no youtube sobre o Ranking de 2018 sobre menosprezo ao professor, ele destaca: a falta de respeito dos alunos, salários baixos, o professor brasileiro é um dos mais xingado nas escolas, ou até mortos, uma vergonha, uma educação de péssima qualidade, apenas 1/5 dos pais querem que seus filhos sejam professores.

Veja o vídeo no link: https://www.youtube.com/watch?v=NFjO7PBPUPQ

Brasil: Ultima posição em ranking sobre prestígio de professor. Precisamos valorizar e proporcionar melhores condições de trabalho aos nossos docentes.

 

 

Valdivino Sousa é Contador, Matemático, Pedagogo, Psicanalista, Bacharel em Direito, Escritor e Mestrado em Ciências da Educação Matemática. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Docente nos cursos de Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais especializados. Blogueiro Mtb 60.448, Consultor e Estrategista de Mídias Digitais. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, Folha Online e blog Já publiquei. Sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Equações Diferenciais Parciais, Matemática Computacional e Engenharia Didática, atuando principalmente nos seguintes temas: métodos numéricos, equações diferenciais, modelagem, simulações e didática no ensino de matemática. Acesse o site: http://www.matematicosousa.com.br E-Mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Whatsap: 11 – 9.9608-3728

 

Valdivino Sousa

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Psicanalista e Escritor. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Autor de mais de 15 livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais. É programador Web e editor do blog Valor x Matemática Computacional, Produtor de Conteúdo e Colunista Mtb 60.448. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, R2 Nacional e Opa! Já Publiquei, sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Site: https://www.matematicosousa.com.br E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Cel Whatsap: 11–9.9608-3728
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